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A Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia (Seplan-BA), divulgou na sexta-feira (1º) o resultado da pesquisa “Preço do Gás de Cozinha (GLP) – 2002-2021. Bahia-Brasil”. Segundo o levantamento, o valor do botijão nas refinarias subiu mais de 600% entre 2002 e 2021.
Conforme o órgão, a análise foi feita considerando o botijão de gás de 13 kg, que de acordo com Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é utilizado por 90,0% dos domicílios do país principalmente para o cozimento de alimentos - sendo, portanto, um importante item de consumo dos lares brasileiros. Por isso, as variações nos níveis de preços do botijão são prontamente sentidas pelas famílias brasileiras, sobretudo, as de menor renda, confirmou o estudo.
Com base nos dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares 2017-2018 do IBGE, o estudo da SEI ainda revelou que, no Brasil, 10,0% das famílias mais pobres comprometeram, em média, 6,2% do rendimento mensal familiar para comprar o gás de cozinha, ao passo que, na Bahia, esse comprometimento foi de 7,9%. Entretanto, entre os 10,0% mais ricos, esses percentuais eram de 0,4% e 0,5% para Brasil e Bahia, respectivamente, evidenciando que as elevações de preços do produto penalizaram mais fortemente os mais pobres.
Quando a SEI colocou como parâmetro o salário mínimo, verificou que, em 2021, o brasileiro gastava 7,9% (R$ 86,90) do salário mínimo para comprar um botijão de 13 kg. Ao mesmo tempo, os baianos comprometiam 7,4% (R$ 81,40) do mínimo para adquirir o mesmo botijão de 13 kg naquele ano.
Ainda segundo a Superintendência, o estudo é fruto de uma parceria entre a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (SEFAZ), o Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo (SINDIGÁS), o Sindicato dos Revendedores de Gás do Estado da Bahia (SINREVGÁS) e a Petrobras. A instituição contou ainda com informações do Conselho Nacional de Política Fazendária (CONFAZ).