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O mês de conscientização e combate ao câncer de cabeça e pescoço, fortalece a necessidade de prevenção e diagnóstico precoce da doença que é popularmente conhecida como câncer de boca e garganta. O alerta é importante, pois, segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), no Brasil, a estimativa é de 685 mil novos casos da doença em 2022.
O tumor de câncer de cabeça e pescoço é duas vezes mais comum em homens do que em mulheres e, geralmente, é diagnosticado após os 50 anos. Segundo o médico oncologista da Oncoclínicas Brasília, Márcio Almeida, entre o sexo masculino, o maior índice da doença acontece na região da boca, e entre as mulheres na tireóide.
O câncer de cabeça e pescoço englobam os tumores que atingem regiões como boca, língua, palato mole e duro, gengivas, bochechas, amígdalas, faringe, laringe, esôfago, tireóide e seios paranasais. Mexem, portanto, com a estética facial, a deglutição, a alimentação e a voz do paciente. Geralmente, não demonstram sintomas em sua fase inicial. Os principais fatores de risco associados à doença são tabagismo e etilismo. Pelo menos 75% dos casos ocorrem nesse grupo de pacientes, sendo que, a infecção pelo HPV-16 (Human Papillomavirus), um vírus sexualmente transmissível, também está fortemente relacionado ao desenvolvimento da doença.
O médico explica que o tratamento depende de cada caso. “Existem duas vertentes de tratamento mais utilizadas atualmente: a radioterapia e a cirurgia. A quimioterapia só é associada em pacientes graves que não podem realizar a cirurgia ou quando o paciente precisa realizar um tratamento prévio para reduzir o tumor e tornar possível a cirurgia, sendo muitas vezes realizada em combinação com a radioterapia”, afirma. O especialista ainda ressalta que para a melhor definição do tratamento é preciso analisar a localização exata do tumor, o estágio em que a doença se encontra e as condições de saúde do indivíduo.
Vários tipos de câncer localizados na região da cabeça e do pescoço podem ser curados, principalmente quando descobertos precocemente. O diagnóstico tardio ocorre em 60% dos casos, deixando sequelas no paciente.
“As pessoas precisam prestar atenção com relação aos sinais do corpo, como por exemplo, a aparição de nódulos no pescoço, manchas brancas ou avermelhadas na boca, ferida que não cicatriza em duas semanas, dor de garganta que não melhora em 15 dias, dificuldade ou dor para engolir e alterações na voz ou rouquidão por mais de 15 dias, finaliza o oncologista da Oncoclínicas Brasília.