O presidente Jair Bolsonaro (PL) evocou uma maioria cristã “do bem” e ironizou mais uma vez a carta em defesa da democracia que já acumula mais de 660 mil assinaturas, em culto promovido nesta quarta (3) pela bancada evangélica do Congresso.
“Nenhum de vocês que assinaram cartinhas por aí se manifestaram naquele momento”, disse o candidato à reeleição ao comentar medidas tomadas por prefeitos e governadores para conter a crise pandêmica nos primeiros meses da Covid-19, que ele chama de autoritárias. “Vocês todos sentiram um pouco do que é ditadura”, disse Bolsonaro, um notório defensor do regime militar instalado em 1964 no Brasil.
Em breve discurso, o presidente repisou temas que julga fulcrais para uma nação verdadeiramente cristã, como o rechaço a uma suposta onda comunista que tomaria o país se Lula (PT), adversário que venceria no primeiro turno se a eleição fosse hoje, segundo recente pesquisa Datafolha. Declarou, num plenário da Câmara lotado por aliados: “Tenho o hábito de todo dia, quando me levanto, me concentro, agradeço pela missão, mas peço a Deus que meu povo, nosso povo, não sinta as dores do comunismo.”
“Nós somos a maioria, nós somos do bem, e tenho certeza que venceremos essa batalha”, afirmou no primeiro culto do semestre realizado pela frente parlamentar que reúne os evangélicos do Congresso.
Anna Virginia Balloussier e Matheus Teixeira/Folhapress