Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4/Divulgação)
Quase um terço das vagas de desembargador nos Tribunais Regionais Federais estão abertas, à espera de serem preenchidas pelo presidente Jair Bolsonaro (PL). A situação sobrecarrega o trabalho desses órgãos e dificulta o acesso à Justiça.
Das 196 vagas previstas em lei para as cinco unidades do TRF que já funcionam, 55 não estão preenchidas, ou 28%. A conta não inclui o recém-criado TRF-6, para Minas Gerais, ainda em fase de implementação, que terá 18 vagas para juízes.
A falta de preenchimento das vagas não é uniforme entre os diversos TRFs. A pior situação é a do TRF-1, que responde por 14 estados e tem 17 dos 43 cargos não ocupados, ou 39,5%. No outro extremo, o TRF-2, que cobre Rio de Janeiro e Espírito Santo,, tem apenas 1 das 35 vagas ociosa.
“As nomeações para as principais cortes de justiça do país não podem entrar no varejo da política, sob pena dos cidadãos não terem a quem recorrer quando seus direitos forem violados pelo Estado”, diz o advogado Sérgio Rosenthal, especialista em crimes financeiros, acerca da responsabilidade de Bolsonaro diante de dezenas nomeações que estão à espera de sua caneta.
Painel / Folhapress