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Um terço da população mundial segue privada de acesso à internet em 2022 e o ritmo das novas conexões desacelerou, de acordo com as últimas estatísticas da ONU, publicadas na sexta-feira (16).
“Cerca de 5,3 bilhões de pessoas no mundo usam a internet e embora o crescimento continue alentador, a tendência deixa pensar que, sem novos investimentos em infraestrutura e um novo impulso para criar novos conhecimentos digitais, as chances de conectar a população mundial até 2030 parecem cada vez mais escassas”, disse a União Internacional de Telecomunicações (UIT) em um comunicado.
Em 2022, 2,7 bilhões de pessoas não têm acesso à internet; em 2019, antes da covid-19, eram 3,6 bilhões.
A pandemia “nos deu um bom empurrão em termos de conectividade, mas temos que manter o mesmo ritmo para garantir que todo mundo possa se beneficiar”, ressaltou Houlin Zhao, secretário-geral da organização.
As disparidades regionais seguem fortes: a Europa ocupa o primeiro lugar com 89% de sua população conectada e as Américas mostram taxas superiores a 80%, mas em regiões como a África a conexão alcança só 40% da população.
A UIT identificou os principais desafios: as populações ainda offline vivem em áreas mais remotas e difíceis de alcançar, e passar de uma conectividade básica para uma relevante – em que as pessoas conseguem usar a internet regularmente e de forma a melhorar suas vidas – é complexo.
Para chegarmos a uma população global totalmente conectada, a organização defende “mais investimentos em redes e tecnologias digitais, regulamentação e capacitação”.
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