O aumento do ICMS feito pelo governo da Bahia nos dias finais de 2022 não foi bem recebido pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio BA) e pela Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia (Faeb).
De acordo com o comunicado divulgado pelas entidades empresariais, o aumento da carga tributária se deu "no apagar das luzes", sem que houvesse qualquer tipo de discussão com o setor.
Para a Fecomércio BA e a FAEB, ao tomar a decisão, a gestão "não se sensibilizou ao momento de grave crise econômica que passa o país, onde a classe empresarial sofre com efetiva retração de consumo, desemprego e fechamento de inúmeras empresas", situação que agrava ainda mais o cenário.
A nota, segundo publicação no Bahia Notícias, contesta a necessidade do reajusta, uma vez que dados do Comitê Nacional dos Secretários da Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Consefaz) indicam que "a Bahia não figurava entre os estados com necessidade de reequilíbrio para uma alíquota neutra visando a recomposição de receitas".
O empresariado alerta também que o acréscimo na alíquota do ICMS irá provocar um "aumento generalizado dos preços das mercadorias" e, consequentemente, "o poder de compra da população já tão castigada pela crise financeira".