A ação executada pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR) já implantou mais de 36 mil tecnologias de acesso à água nos últimos oito anos.
Milhares de famílias agricultoras do rural baiano estão sendo beneficiadas com a implementação de tecnologias sociais de captação e armazenamento de água para produção. A ação é coordenada pelo Programa Água para Todos (PAT), executado pela Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR). Até o fim de 2023, estão previstas a implantação de mais 4.000 tecnologias sociais de captação e armazenamento de água para a produção de alimentos e para a dessedentação animal.
Nos últimos oito anos, foram investidos R$ 241 milhões, em 36.551 mil tecnologias como barreiros trincheiras, cisternas de produção, limpeza de aguadas e módulos sanitários domiciliares para o apoio à agricultura familiar, especialmente, em municípios do Semiárido baiano. As iniciativas viabilizam a produção agroalimentar e animal e aumentam a capacidade produtiva voltada para a segurança alimentar e nutricional das famílias, produzindo frutas e hortaliças e possibilitando a criação de pequenos animais, como aves, caprinos e ovinos.Essa é uma ação articulada ao Programa Água para Todos do Governo da Bahia, com execução por diversos órgãos governamentais, empresas públicas, secretarias e autarquias, por meio de uma gestão integrada. O PAT busca contribuir para a melhoria da qualidade de vida de baianos e baianas, buscando ampliar o acesso à água de qualidade e em quantidade, promovendo a melhoria da saúde pública através de um conjunto de ações ambientais e de saneamento básico, de apoio a projetos socioeconômicos e de geração de trabalho e renda.
Para a subcoordenadora do Programa Água para Todos na CAR, Kamilla Souza, investir em sustentabilidade hídrica para as famílias que residem em comunidades rurais é uma estratégia importante para combater a fome e a insegurança alimentar leve ou moderada. “Com a possibilidade de ter onde guardarem a água da chuva, as famílias passam a ter outro modo de viver, de produzir e consumir alimentos saudáveis”.
Uma das beneficiárias do Programa, a agricultora Denise Batista, do município de Crisópolis, confirma a importância das tecnologias sociais para a produção familiar. “Na zona rural, a gente passa por dificuldades de acesso à água, principalmente, no verão. Mas, depois que veio essa cisterna, foi um reservatório a mais para guardar água da chuva e, hoje, nós produzimos verduras, alface, couve, coentro, cebolinha e rúcula. Foi importante porque a gente vende o que produz e já serve para comprar outras coisas nas feiras, nos mercados e pagar alguma conta. Foi uma ajuda bastante produtiva”, celebrou a agricultora.
Kamilla explicou que as famílias contempladas com tecnologias sociais são assistidas pelos técnicos de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER) e aprendem novas maneiras de gerenciar a água utilizando práticas de irrigação simplificada, com o planejamento integrado da propriedade, dentre outras técnicas que são incorporadas e que possibilitam às famílias permanecerem em suas propriedades, extraindo delas o seu sustento.