Por Folhapress
Foto: Andrés Rodríguez / Pixabay
Os catálogos dos principais serviços de streamings do país têm poucas obras brasileiras em comparação com produções estrangeiras. É isso o que mostra a pesquisa "Panorama do Mercado de Vídeo por Demanda no Brasil", elaborada pela Ancine, a Agência Nacional do Cinema.
Com dados referentes ao ano passado, o estudo analisou 23 plataformas de streaming e constatou que obras nacionais representam apenas 11% do conteúdo desses serviços.
As plataformas que menos têm produções domésticas são a Claro Video (0,70%) e Starzplay (1,2%). Já a Vix não chegou a pontuar nessa categoria.
Netflix e Amazon Prime Video têm apenas 5% e 5,7% de conteúdo brasileiro, respectivamente. Na HBO Max (2%) e na Disney+ (1%) a escassez de obras é ainda maior.
Há ainda conteúdos que são coproduções do Brasil com outros países. Na Netflix, elas representam 1% do catálogo, na Amazon Prime Video 0,61 e na HBO Max 0,23%.
No sentido inverso, os que mais têm conteúdos totalmente nacionais são a Box Brazil Play (80%), os canais Globo (54,8%) e Globoplay (28,3%).
Para chegar a esses dados, foram considerados apenas os conteúdos que têm registro no IMDb, site que mostra a nacionalidade de filmes. Com isso, 37% das obras analisadas no conjunto das 23 plataformas foram retiradas da amostra.
Além disso, a pesquisa analisou o número de serviços de streaming presentes no Brasil. Ao todo, são 59 plataformas diferentes, o que faz do país o líder em oferta de streaming dentre 20 países latino-americanos analisados pela pesquisa. O Brasil é seguido por Argentina e Chile, com 53 e 50 opções, respectivamente.
Em relação aos preços, o país é o que tem os menores valores em comparação com outros países analisados pela pesquisa. Em média, os streamings cobram R$ 19,90 dos usuários brasileiros.