Por Edu Mota, de Brasília / Flávia Requião
Foto: Bruno Spada/ Câmara dos Deputados
Após ter o mandato cassado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos-PR), justificou nesta quarta-feira (17), durante coletiva de imprensa, que a perda do seu cargo foi por vingança do governo.
“Eu fui cassado por vingança, por que eu ousei o que é mais difícil no Brasil, enfrentei o sistema de corrupção do país”, disse o ex-procurador, se referindo à ocasião em que coordenava a força-tarefa da Operação Lava Jato.
Deltan também disse que a sua punição é contraditória pois, segundo ele, é como se fosse um crime cometido no futuro. “Ou pior, é punir alguém de uma acusação que não existe”.
Dallagnol ainda acusou o TSE de ter fraudado a lei e a constituição “ao criar uma nova inelegibilidade contra a lei e contra o que diz a constituição”, ratificando que Corte teria “invertido a presunção de inocência” e transformado em “presunção de culpa”.
O deputado cassado disse que vai recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a decisão e que a história ainda não acabou. "Hoje é um novo começo para minha voz. Convido todos a lutarem por uma transformação que vai além de nós. Eu jamais vou me arrepender de ter combatido a corrupção do país”, afirmou.