Por Leonardo Almeida
Foto: Divulgação
A executiva nacional da Federação Brasil da Esperança, composta por PT, PCdoB e PV, deve se reunir ainda no primeiro semestre deste ano para discutir “regras” visando as eleições municipais de 2024. De acordo com informações obtidas pelo Bahia Notícias, entre as pautas que devem ser abordadas está a “desfiliação partidária pacífica” em casos de rivalidade local entre os membros dos partidos que compõem a federação.
Segundo lideranças da composição, muitos filiados do interior da Bahia ainda desconhecem o estatuto da federação e as futuras “regras” para as eleições de 2024, o que tem causado intrigas internas dentro da composição. “Obviamente a gente precisa de regras e essas regras ainda não estão efetivamente claras para todo mundo. Isso tem trazido muita inquietação, confusão e a gente ter que explicar não é uma tarefa fácil”, explicou a liderança.
Membros da federação afirmaram que as eleições de 2024 funcionarão como o “verdadeiro teste” da composição, visto que há municípios em que os filiados possuem uma forte rivalidade local. Uma liderança da federação indicou que, com as regras, será possível entrar em acordo com os diretórios municipais do interior do estado, facilitando também as articulações.
“Nós estamos aguardando as regras que ainda não foram definidas. Com as regras a gente consegue conversar com os dirigentes municipais e com os possíveis candidatos. Se a pessoa se sentir desconfortável, ela provavelmente terá a possibilidade de migrar para uma legenda para que sinta tranquilidade. Acredito que no final desse semestre a executiva nacional defina essas regras para a gente aprofundar as conversas”, explicou.
Em março deste ano, durante entrevista ao Bahia Notícias no Ar, da Salvador FM 92,3, o presidente do PT na Bahia, Éden Valadares, afirmou que a federação visa aumentar o número de prefeitos nas eleições de 2024. A avaliação é de que os últimos pleitos foram “negativos para o campo da esquerda”, sendo necessário um realinhamento nas estratégias.
“Nós entendemos que as últimas eleições de 2016 e 2020 foram muito ruins para o campo da esquerda. Veio o golpe da Dilma [Rousseff], a prisão do Lula. A gente diminuiu de 70 prefeitos para 32, não foram eleições com vento a favor da esquerda e entendemos que essa [2024] será. A federação vai brigar para ser protagonista das eleições municipais, não vou colocar um número simbólico sobre a quantidade de prefeitos que a federação quer eleger, mas podemos dizer que nós queremos brigar pela liderança”, disse Éden (veja mais detalhes aqui).