Por Marianna Holanda e Renato Machado | Folhapress
Foto: Reprodução / Agência Petrobras
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) apresentou nesta terça-feira (8) a líderes partidários algumas linhas gerais do novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que será lançado oficialmente na próxima sexta-feira (11).
O Palácio do Planalto informou que o novo PAC terá um investimento total de R$ 1 trilhão, considerando recursos públicos, de empresas estatais, gastos privados ligados ao programa e parcerias público-privadas.
O programa deverá ter início com a execução de obras que estão paradas. Para setembro, está prevista uma chamada pública para a inclusão de projetos de saúde e educação.
Os ministros Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (Relações Institucionais) iniciaram nesta terça-feira (8) uma rodada de reuniões para apresentar o programa para a cúpula do Congresso Nacional e para algumas lideranças de bancada.
Pela manhã, ambos se reuniram com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), inicialmente, e depois com o comandante da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL).
À tarde, os ministros palacianos organizaram reuniões com alguns líderes de bancada, primeiro com senadores e depois com deputados federais.
Ao deixar o encontro, Cid Gomes (PDT-CE) citou que o governo prevê um investimento total de R$ 1 trilhão ao longo de quatro anos. Esse número será puxado pelos investimentos que serão realizados pela Petrobras nesse período.
"[Será] R$ 1 trilhão ao longo de 4 anos, envolvendo recursos com características de PAC feito por outros órgãos e até pela iniciativa privada, fruto de PPPs (Parcerias Público-Privadas) ou concessões", afirmou o senador.
"A Petrobras, por exemplo, certamente individualmente o maior investidor, tem plano de investimento de R$ 600 bilhões para o horizonte de quatro anos. Desses, metade será de manutenção, recuperação de ativos, então não conta, porque não se entende isso como característica de PAC. [Investimento com característica de PAC] é coisa nova, associada a esse conceito de sustentabilidade também. Dos R$ 600 bilhões de investimentos previstos na Petrobras, R$ 300 bilhões têm características de PAC", completou.
Também presente ao encontro, o senador Otto Alencar (PSD-BA) afirmou que o governo pretende começar a execução do programa através da retomada de obras paradas.
"Ministro Rui Costa pontuou os principais projetos do PAC para lançar agora dia 11. Começa pelas obras inacabadas, será prioridade a conclusão. Até porque sempre se coloca uma parte da emenda, faz uma parte da obra, depois não coloca a outra e fica inacabada. Depois, os pleitos dos governadores, cada estado apresentou o seu pleito, como prioridade das obras", afirmou.