Por Erem Carla / Ana Clara Pires
Foto: Divulgação
O espetáculo musical “A Peleja de Santa Dulce dos Pobres” sobe aos palcos nos dias 14 e 15 de outubro, na Concha Acústica. O projeto, que tem entrada gratuita, pretende contar de forma lúdica e fantasiosa os milagres da santa. Em entrevista ao Bahia Notícias, os atores Diogo Lopes Filho e Ana Barroso falaram sobre os desafios de misturar a comédia com o drama da história de Dulce.
“O espetáculo não é um espetáculo religioso, primeira coisa para se falar. A gente está falando de uma santa, mas não é um espetáculo religioso”, começou Diogo Lopes Filho. Em seguida, ele contou que a obra traz “leveza” para a história de Irmã Dulce.
Segundo o artista, contar a história é mais que falar de religião porque Dulce era “uma figura de mulher que acreditava em um Deus, mas que a obra dela é para além da religião”, porque “lá eles atendem umbandistas, candomblecistas, aquele é um lugar de acolhimento”.
“Estamos falando dessa figura que através da sua fé, da sua força de vontade, do seu acreditar, que é uma frase que ela fala no texto, acho que a frase chave do texto é essa: ‘Para o milagre acontecer é preciso acreditar’. Ela acreditou, não tinha estrutura nenhuma e foi fazendo”, prosseguiu Diogo.
O ator finalizou contando que acredita que todos vão gostar da peça, até as pessoas católicas que acreditam em sua santidade, porque a peça humaniza a santa “porque Dulce era humana antes de ser santa”.
Ana Barroso, que interpreta a personagem principal na obra, lembrou de uma história que um dos funcionários das obras sociais da freira contou ao elenco. “Ele falou assim: ‘Minha irmã Dulce, como eu vou catequizar os meninos do orfanato?’, e ela falou que não era para falar sobre Deus, que era para ser amigo dos meninos, ser próximo e dar amor”.
“Dulce era amor sobretudo. Sem contar que a diversão, o humor, a arte, a paz está tudo muito relacionado. Se você está sorrindo, se divertindo, brincando, você está protegido, guarnecido, você está potente. Quando você está triste, você está vulnerável, fraquejado”, concluiu Barroso.