No dia 1º de novembro de 1912, nasceu uma instituição que viria a se tornar um pilar fundamental para o desenvolvimento de Ilhéus
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Uma importante marca na história da ACII foi alcançada em 1921, quando foi reconhecida como de utilidade pública. Durante muitos anos, a entidade esteve sediada na prestigiada rua Coronel Paiva, sendo um ponto de referência para os empreendedores locais.
A partir de 1926, com a autorização do Ministério da Agricultura conforme estabelecido no Decreto 12.982 de abril de 1918, a ACII desempenhou um papel crucial na inspeção do cacau exportado. Nesse período, a Usina Vitória, primeira fábrica a processar cacau, fazia parte do patrimônio da Associação, marcando um capítulo significativo na história do comércio local.
Ao longo dos anos, a ACII esteve à frente de diversas questões de alta relevância para o município, desde a facilitação da exportação direta até a promoção de crédito bancário e a busca por uma tributação justa. Como destaca Barbosa e Argolo (2001), a Associação desempenhou um papel crucial na fiscalização de gêneros alimentícios destinados ao exterior, entre tantos outros feitos.
A preocupação da ACII com os desafios da cidade era notória. Diante da ausência de uma biblioteca pública, a diretoria tomou a iniciativa de fundar uma, que por muitos anos serviu como a principal fonte de pesquisa para estudantes, professores e intelectuais locais.
A participação ativa em projetos para a melhoria da qualidade de vida da população ilheense foi uma constante na trajetória da ACII. A luta pela construção dos portos, tanto o antigo em 1926 quanto o atual na década de setenta, demonstra o compromisso da Associação com o desenvolvimento econômico da região. Além disso, a ACII inaugurou um busto em homenagem ao ilustre jurista baiano na praça Rui Barbosa e foi pioneira na criação da Escola Técnica de Comércio, proporcionando melhores condições de trabalho aos comerciários da cidade, sob a liderança inspiradora do diretor Álvaro Melo Vieira.
A sede da ACII sempre foi um ponto de orgulho para seus membros. Em 1932, as fundações do imponente prédio neoclássico foram lançadas, culminando na inauguração em 1934. O destaque fica por conta da magnífica escadaria imperial, que se estende do hall de entrada ao primeiro piso, com corrimão em metal dourado e um vitral colorido ao fundo. Por muitos anos, um dos maiores poetas da região, Sosígenes Costa, ocupou o cargo de secretário da Associação Comercial. Sua figura inspiradora também foi eternizada nas páginas de Jorge Amado no livro "São Jorge dos Ilhéus".
Hoje, a Associação Comercial e Industrial de Ilhéus celebra 111 anos de dedicação ao progresso e prosperidade de Ilhéus. Seu legado é um testemunho da força e do compromisso de uma comunidade empresarial unida em prol do desenvolvimento local. Que os próximos anos sejam repletos de conquistas e realizações para esta instituição que tanto contribui para o crescimento da nossa querida cidade. Parabéns, ACII!