Por Camila São José / Mauricio Leiro
A Corte Especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ) prorrogou novamente o afastamento da desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Sandra Inês Rusciolelli. O afastamento será por mais um ano, a contar do próximo sábado (23). O processo é relatado na Corte, pelo ministro Og Fernandes.
A prorrogação de afastamento deste ano é a quarta já emitida. O primeiro afastamento foi determinado em 2020 e prorrogado nos anos de 2021, 2022 e 2023. Pela decisão, a suspeita poderá voltar ao cargo no ano de 2025 - caso uma nova prorrogação não entre em vigor.
Recentemente, o Bahia Notícias divulgou que ela, constante como ativa no sistema da Transparência, no período do afastamento da função, teve rendimento bruto de R$ 581.756,81. O maior valor consta no mês de janeiro: R$ 55.367,84. Nos meses seguintes, a remuneração variou entre R$ 28.145,20 e R$ 49.680,09.
Sandra Inês atuava no Tribunal de Justiça do Estado da Bahia (TJ-BA) e é investigada pela suspeita de ter recebido propina de R$ 250 mil, para dar parecer favorável a uma empresa em um processo judicial. As investigações começaram em 2020, durante a Operação Faroeste. Sandra tem acordo de delação premiada, e, no final de 2023, o STJ negou o pedido de rescisão do acordo de delação premiada feito pela desembargadora do Tribunal de Justiça da Bahia (TJ-BA), Sandra Inês Rusciolelli, firmado no âmbito da Operação Faroeste. A delação foi homologada pelo STJ em junho de 2021.