Alckmin quer tirar taxação de importados do Mover

O vice-presidente da República e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, disse ao Estadão/Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) que seria melhor a Câmara discutir a taxação de compras internacionais até US$ 50 separadamente do Mover – programa que destina R$ 19 bilhões em incentivos ao setor automotivo.
De acordo com ele, a expectativa é de votação da proposta amanhã “A gente espera que na terça-feira vote (o Mover), porque a medida provisória vai caducar”, disse Alckmin.
O Mover foi editado pelo governo em forma de medida provisória, que perde a validade em 31 de maio. O Congresso, porém, decidiu avaliar a proposta em forma de projeto de lei – que não tem prazo para ser deliberado.
A votação ainda não saiu porque os deputados, liderados pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), incluíram no texto o fim da isenção para compras internacionais de até US$ 50. O PT travou a deliberação porque se trata de uma medida impopular para o governo.
“Ideal era votar esse tema separado. Tem projeto de lei, tem ‘n’ projetos. Acelerar um projeto, mas separado, não misturar”, declarou o vice-presidente da República. Ele confirmou que esse tema está atrapalhando a deliberação do Mover. A taxação afetaria principalmente as compras feitas em plataformas como Shein e Shopee.

Siderurgia

Alckmin disse ainda que haverá um anúncio de investimento na área siderúrgica no Brasil nesta semana. Ele não quis dar detalhes, mas disse que se trata de um investimento privado, e não uma medida relacionada à disputa em torno da taxação do aço importado. “O que vai ter agora, nesta semana, é um anúncio importante na área siderúrgica”, adiantou Alckmin. Questionado se seria algo relacionado à taxação do aço importado da China, respondeu: “Não, investimento. Vamos aguardar, vai ser uma notícia boa”.

Estadão Conteúdo
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