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O governo de Portugal afirmou que não conduzirá um programa de indenização por seu passado colonial. De acordo com o ministro das Relações Exteriores, Paulo Rangel, o país não descarta pedir desculpas por alguns episódios. “Quando for justo pedir desculpas, o faremos”, declarou.
No mês de abril, em meio às comemorações de 50 anos da Revolução dos Cravos, o presidente Marcelo Rebelo de Sousa mencionou eventuais reparações coloniais. “Somos responsáveis pelo que fizemos lá. Devemos pagar os custos”, afirmou o presidente na ocasião. A Revolução dos Cravos foi importante para instaurar a democracia em Portugal e encerrar guerras coloniais, o que abriu caminho para a independência de ex-colônias como Angola e Moçambique.
De acordo com o Carta Capital, à época, as declarações de Rebelo de Sousa, presidente do país desde 2016, causaram fortes reações, especialmente de partidos de extrema-direita que apresentaram ao parlamento uma proposta para acusar o presidente de traição. O mandato de Sousa vai até março de 2026, quando não poderá se reeleger por já ter cumprido dois mandatos consecutivos.