Por Edu Mota, de Brasília
Foto: Helena Pontes/Agência IBGE Notícias
Uma maior quantidade de brasileiros diz acreditar que a situação da economia brasileira vai permanecer como está até o final de 2024. Foi o que revelou levantamento do Instituto Paraná Pesquisas divulgado nesta quarta-feira (8).
De acordo com a pesquisa, 36% dos entrevistados em todo o Brasil afirmam não enxergar mudanças na situação econômica do país. Outros 31,7% dizem que a economia vai melhorar até o final do ano, e 28,5% acham que vai piorar. Não sabem ou não opinaram registraram 3,8%.
Na comparação com a pesquisa divulgada em janeiro deste ano, o resultado atual mostra queda de três pontos entre os que disseram que a economia vai melhorar (caiu de 34,7% para 31,7%) e aumento de quatro pontos percentuais entre os que estão pessimistas sobre o desempenho econômico do país (subiu de 24,5% para 28,5%). A oscilação entre os que responderam que a economia vai continuar como está foi pequena, subindo de 35,6% em janeiro para 36% nesta pesquisa mais recente.
No recorte por região, no Sul há a pior avaliação do cenário da economia no governo Lula, com 34,4% afirmando que irá piorar, e 24,8% dizendo que vai melhorar. Já no Nordeste se concentra a melhor avaliação da economia neste ano, com 40,7% dizendo que a situação vai melhorar, e 19,8% que vai piorar.
Apesar de ser a região com a pior avaliação de melhora na economia, é no Sul que está a maior quantidade dos que dizem que a situação econômica vai permanecer como está: 38,4%, contra 34,7% no Norte/Centro-Oeste, 37,2% no Sudeste e 33,6% no Nordeste.
O Paraná Pesquisas perguntou a seus entrevistados qual seria a percepção quanto ao preço dos produtos no supermercado depois que o presidente Lula voltou a governar o Brasil. De acordo com o relatório divulgado nesta quarta, 55% afirmam que os preços aumentaram neste governo, contra 22% que disseram ter visto diminuição. Outros 20,2% afirmaram que os preços nos supermercados ficaram como estavam.
Na comparação com a pesquisa anterior, de janeiro, houve um forte aumento entre os que acham que os preços aumentaram desde o início do governo Lula: passou de 48,4% para 55%. Entre os que responderam que os preços diminuíram, houve redução de 27,1% para 22% entre as duas pesquisas. Os que acham que os preços ficaram como está baixaram de 22,1% para 20,2%.
Outro questionamento do instituto foi sobre a percepção dos brasileiros quanto ao preço da carne depois do início do terceiro mandato do presidente Lula. Segundo a pesquisa, 36,3% afirmam que o preço da carne diminuiu, enquanto 34,1% dizem que aumentou. Outros 24,9% responderam que o preço continua como estava antes.
O novo levantamento do Paraná Pesquisas também investigou a percepção dos brasileiros em relação à facilidade/ dificuldade em conseguir um emprego com carteira assinada desde o início do terceiro mandato do presidente Lula. Para 38,6% dos entrevistados, a dificuldade ou facilidade em conseguir um emprego com carteira assinada nos dias atuais estaria igual à situação antes do início do atual governo.
Para 28,1% dos brasileiros, estaria mais fácil conseguir um emprego com carteira assinada agora do que no governo passado. Já 26,3% dizem o contrário, que está mais difícil conseguir um emprego com carteira assinada neste mandato atual do presidente Lula.
Para a realização desta pesquisa, foi utilizada pelo Paraná Pesquisas uma amostra de 2020 eleitores em 26 Estados e Distrito Federal e em 160 municípios brasileiros, entre os dias 27 de abril e 1º de maio de 2024. A amostra possui um grau de confiança de 95,0% para uma margem estimada de erro de 2,2 pontos percentuais.