Foto: Ricardo Stuckert/Presidência da República
A ex-primeira-dama argentina Fabiola Yáñez afirmou, durante audiência judicial realizada na terça-feira (13) que foi obrigada pelo ex-presidente Alberto Fernández a fazer um aborto.
No começo deste mês, Yáñez denunciou Fernández por violência doméstica. O ex-presidente negou o crime, mas ainda assim, a justiça tomou seu telefone e o proibiu de deixar o país ou de se aproximar da ex-mulher.
Nesta terça-feira, Yáñez participou de uma audiência no Consulado da Argentina na Espanha, onde vive desde que o ex-marido deixou a presidência em dezembro de 2023. Esta foi a primeira vez que falou à Justiça desde que denunciou o ex-mandatário.
Na declaração desta terça-feira, Yáñez deu informações que, de acordo com ela, devem comprovar as suas denúncias feitas em um documento enviado um dia antes à justiça. Na denúncia, a ex-primeira-dama pede que os atos de violência sejam classificados como “lesões graves, duplamente agravadas pelo vínculo e cometidas no contexto de violência de gênero com abuso de poder e de autoridade”.
Em seu relato, Yáñez ainda menciona que Fernández a “empurrou para cometer um aborto” porque não “estaria pronto para ser pai”. Ela afirma que Fernández começou a ignorá-la. “Não falava comigo. Passei a ser um móvel em meu próprio lar, carregando seu filho em meu ventre”, afirmou.
A ex-primeira-dama contou que, devido à coação, acabou tomando a “terrível decisão” de abortar o próprio filho, o que lhe gerou, posteriormente, “graves danos psicológicos e emocionais”.