Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil
O Ministério da Mulher firmou, na sexta-feira (23), uma parceria com diversos setores da sociedade, com o objetivo de buscar apoio à campanha “Feminicídio Zero - Nenhuma violência contra a mulher deve ser tolerada”. A cerimônia, acontecida em Brasília, contou com a presença de diversas autoridades.
Estavam presentes na cerimônias as ministras Cida Gonçalves, do Ministério das Mulheres, Esther Dweck, de Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Sonia Guajajara, de Povos Indígenas, Margareth Menezes, da Cultura, além do presidente da Caixa, Carlos Vieira e a representante interina da ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino.
Entre as entidades que já firmaram parceria com a pasta estão as equipes de futebol Flamengo, Botafogo e Vasco do Rio de Janeiro, e o Corinthians, do estado de São Paulo. Segundo a pasta, o documento já foi assinado por mais de cem parceiros e a expectativa é de que o número aumente ainda mais nos próximos meses.
De acordo com o Ministério, as empresas assinaram uma carta compromisso em que se comprometem a realizar ações integradas no ambiente de trabalho e fora dele, além de campanhas de conscientização contínuas voltadas para homens.
18 ANOS DA LEI MARIA DA PENHA
Em 2024, a Lei Maria da Penha completa 18 anos, ao mesmo tempo em que os registros de violência doméstica mostram uma tendência de crescimento. O Ministério da Mulher citou um dado do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) que aponta que a cada seis horas uma mulher é morta vítima de feminicídio no Brasil.
A campanha ‘Feminicídio Zero’ também tem como objetivo estimular que as mulheres realizem denúncias por meio do Ligue 180, serviço do Governo Federal para captar denúncias de violência contra a mulher. A ação é lançada durante o Agosto Lilás, projeto que visa voltar o mês à ações que gerem conscientização sobre o tema.
Em seu discurso, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves afirmou que os desafios são muitos e ressaltou que desde o início do terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em janeiro de 2023, a pasta já investiu cerca de R$ 389 milhões em políticas para enfrentar a violência de gênero no país.
HOMENAGEM A VÍTIMA
Durante a cerimônia, a senadora Leila Barros (PDT-DF) pediu um minuto de silêncio pela morte de Juliana Barboza Soares na noite da terça-feira (20), na região do Gama, no Distrito Federal. Juliana foi morta após ser atropelada três vezes enquanto voltava para casa depois de comemorar o aniversário de 34 anos.
Juliana estava acompanhada pela mãe e pela filha de 5 anos. As duas também foram atropeladas, mas sobreviveram aos impactos e foram levadas ao hospital. O ex-namorado de Juliana, Wallison Felipe de Oliveira, de 29 anos, foi preso sob suspeita de homicídio.