Banco Master projeta R$ 5 bilhões de patrimônio líquido em 2024 e antecipa projeções

Foto: Claudio Gatti

O Banco Master, que desde sua reestruturação em 2021 vinha projetando alcançar R$ 5 bilhões em patrimônio líquido até 2025, antecipou sua meta para este ano após registrar um saldo de R$ 4,2 bilhões em junho. Essa revisão surge em meio a um crescimento acelerado que multiplicou o patrimônio da instituição por quase 12 vezes em cinco anos, com metade desse aumento vindo do reinvestimento dos lucros e o restante de aportes diretos dos sócios.
O notável crescimento do Master atraiu a atenção do mercado, impulsionado principalmente pela emissão de CDBs com altas remunerações em plataformas como XP e BTG. Recentemente, o Banco Central impôs novos limites para a garantia do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), o que levou a especulações sobre possíveis impactos ao Master, que já possui R$ 28 bilhões em CDBs emitidos e R$ 12 bilhões de outras instituições do conglomerado.
Daniel Vorcaro, presidente do Master, assegura que o banco está preparado para essas novas regras e que, dentro do planejamento estratégico, já estava investindo na diversificação de seu funding. O banco também tem explorado estratégias como a emissão de letras financeiras e a aquisição do Will Bank para captar depósitos à vista e reduzir custos de captação.
Com planos de alcançar R$ 10 bilhões em patrimônio líquido nos próximos cinco anos, o Master está aberto a novos investidores e considera uma possível abertura de capital, embora a venda do grupo esteja fora de cogitação. A instituição também está reestruturando suas operações e explorando desinvestimentos em participações estratégicas para continuar sua trajetória de crescimento.
No primeiro semestre de 2024, o Master reportou um lucro de R$ 500,8 milhões, impulsionado por um ganho extraordinário na aquisição do Voiter. O banco também está reforçando suas provisões para inadimplência e espera manter um índice de Basileia confortável entre 13% e 14% no futuro.
Vorcaro diz que o banco aproveitou esse ganho não recorrente e reforçou provisões para perdas com inadimplência, que ficaram em R$ 434 milhões, ante R$ 99 milhões no primeiro semestre de 2023.
"Nossa carteira praticamente dobrou nesse período, então digamos que em linhas normais a provisão iria para algo perto de R$ 200 milhões no primeiro semestre deste ano. Demos uma pesada nas provisões de novos empréstimos e ficamos com uma gordura, fomos um pouco mais conservadores. Mas ainda assim as provisões estão em 2,5% da carteira expandida”, afirmou.
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