Foto: Foto ilustrativa / Bahia Notícias
Uma pesquisa publicada pela Confederação Nacional dos Municípios (CNM), na quarta-feira (18), revelou que pelo menos 45 municípios baianos estão sem vacinas essenciais para a imunização da população, principalmente crianças.
O levantamento da CNM revela que em 64,7% dos municípios brasileiros há falta de vacinas para imunizar a população, principalmente as crianças. O levantamento foi produzido entre os dias 2 e 11 de setembro e contou com a participação de 2.415 municípios.
Na Bahia, a pesquisa revela que 45 municípios admitiram o desabastecimento do meningocócico C; 97 admitiram a falta da vacina varicela; e em 45 municípios, a tetraviral está ausente. Imunizantes como a Tetraviral, que protege contra sarampo, caxumba, varicela e rubéola, a meningocócica C e a vacina contra a varicela estão entre as mais deficitárias no estado.
A pesquisa da CNM aponta que os municípios sinalizaram a falta de vacinas há mais de 30 dias, e outros há mais de 90 dias. Embora a Bahia não seja o estado com maior desabastecimento, os dados revelam que quase 67% dos seus municípios enfrentam falta de vacinas.
Em nota enviada ao Ministério da Saúde, o presidente da CNM, Paulo Ziulkoski, reforçou a preocupação com o cenário e solicitou providências para o “imediato restabelecimento da normalidade no abastecimento das vacinas em todo o país”.
A Secretaria de Saúde de Juazeiro, em entrevista à RedeGN, parceira do Bahia Notícias, informou que aguarda atualmente o envio, por parte do Governo do Estado da Bahia, das seguintes vacinas: Febre amarela, Multidose da Monovalente XBB para prevenção da COVID em crianças e meningocócica C.
Nossa equipe do Bahia Notícias entrou em contato com a secretaria de saúde do estado da Bahia (SESAB). A mesma informou que: “Há estoque de todos os imunizantes no estado. No que tange às entregas ministeriais, a eventual irregularidade não provocou desabastecimento na Bahia."
Em resposta, a SESAB declarou que: "A distribuição dos imunizantes se dá a partir de critérios técnicos estabelecidos pelo Ministério da Saúde, de acordo com a pactuação entre estados e municípios, via Comissão Intergestores Bipartite (CIB).”, contrariando a secretaria de Juazeiro.
O Ministério da Saúde se manifestou, por sua vez, em nota alegando que “mantém envio regulares de vacinas aos estados, que são responsáveis por abastecer os municípios”.
Também que “O levantamento da CNM traz questões pontuais para as quais o Ministério da Saúde adota estratégias para manter a vacinação em dia e a proteção da população”.