Haddad afirma que Brasil deve continuar a reduzir taxa de inflação para os próximos anos

Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou, na segunda-feira (23), durante uma conversa com jornalistas após reunião que teve em Nova Iorque, que o Brasil deve continuar a reduzir a sua taxa de inflação durante os próximos anos.
Haddad apontou que a política monetária global trouxe estresse para mercados emergentes, e afirmou que o Brasil pagou um preço mais alto por isso devido a questões domésticas.
O ministro ainda trouxe críticas à maquiagem nos números de inflação de 2022. Segundo Haddad, sem a desoneração dos combustíveis, a taxa seria de 8,25%. “Estamos pelo segundo ano com metade da inflação de dois anos atrás”, afirmou o ministro.
Haddad também reforçou o ponto de que o país segue uma tendência de crescimento nos últimos anos. “O Brasil, que se dizia que não ia crescer, vai crescer mais de 3% este ano”, afirmou. Segundo ele, as projeções da Fazenda para receita, despesa, PIB e inflação estão se confirmado, e, por conta disso, os números se acomodarão naturalmente.

ESPECIALISTAS PREVEM ALTA NA INFLAÇÃO

Segundo o Boletim Focus, sondagem do Banco Central (BC) à analistas de mercado, os economistas afirmaram uma expectativa de alta na inflação de 4,37% para este ano e de 3,97% para o próximo, maiores que as apresentadas no último boletim de semana passada: 4,35% e 3,95%, respectivamente.
O mercado também aumentou a expectativa para a taxa básica de juros. No relatório anterior, a taxa conhecida como SELIC tinha um valor de 11,25%, enquanto, no relatório mais recente, este valor chegou a 11,5%.
Segundo os cálculos da equipe econômica do governo, divulgados na semana passada, as estimativas de inflação para o ano chegam a 4,25%, abaixo da meta de 4,5%, estipulada como um limite do governo para o ano.
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