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Morreu, na quarta-feira (11), o ex-presidente do Peru, Alberto Fujimori, aos 86 anos. Fujimori governou o país em uma das gestões mais polêmicas da América Latina e teve a morte confirmada pela sua filha, Keiko Fujimori. O estadista tratava um câncer na língua.
"Após uma longa batalha contra o câncer, nosso pai, Alberto Fujimori, acaba de partir para o encontro com o Senhor. Pedimos àqueles que o estimaram que nos acompanhem com uma oração pelo descanso eterno de sua alma. Obrigado por tudo, papai", disse o comunicado divulgado pelos quatro filhos do ex-presidente.
Alberto Fujimori governou o Peru entre 1990 e 2000. Após ser elogiado pela política econômica e de combate a organizações criminosas, denúncias apontaram que Fujimori ordenava massacres como parte de sua política de segurança pública, além de violações graves de direitos humanos, seguidas de suspeita de corrupção.
Em 1992, Fujimori aplicou um autogolpe e fechou o Congresso, formando uma ditadura repleta de denúncias de violações dos direitos humanos, abuso de poder, corrupção e até de que ele teria mentido à população sobre sua nacionalidade. Ele foi acusado de ter nascido no Japão e adulterado sua certidão de nascimento para poder concorrer à presidência no Peru.
Ele fugiu para o Japão, onde seus pais nasceram, e enviou um fax com um pedido de renúncia. Após se manter em autoexílio por sete anos, Fujimori foi preso durante uma visita ao Chile. Extraditado ao Peru, ele foi foi condenado em 2009 pela morte de 25 civis durante dois massacres executados pelo Exército peruano.
Alberto chegou a ser preso, mas, em dezembro de 2023, teve a condenação revogada.
Com relação ao câncer, Fujimori estava recebendo tratamento na casa da filha, Kiko, em Lima, onde foi morar após ter saído da cadeia, em dezembro de 2023. Diversos familiares do ex-presidente visitaram o local nesta quarta.