Seis meses após a morte, corpo de idosa mantido em apartamento por filha é encontrado no Rio de Janeiro

Foto: Reprodução/TV Globo

O corpo de uma mulher de 75 anos foi encontrado em estado avançado de decomposição por agentes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), no último sábado (8), na Zona Norte do Rio de Janeiro. De acordo com peritos, a idosa estava morta há, pelo menos, seis meses quando foi encontrada.
A descoberta do corpo da mulher só foi possível graças à atuação do Samu no caso. De acordo com os relatos recolhidos pelo O Globo, Lucimar Gracino dos Santos, de 50 anos de idade, a filha da idosa, havia passado mal, por conta disso, a neta da idosa e filha de Lucimar, de 22 anos, chamou o socorro para a residência.
Ao chegarem ao local, os agentes atenderam a mulher, mas sentiram um cheiro muito forte vindo de outro cômodo. Lucimar tentou desconversar os agentes, mas houve insistência e por fim, acabaram arrombando a porta e encontrado o corpo de Maria Auxiliadora de Andrade Santos, em estado avançado de decomposição.

RELATOS DE VIZINHOS

De acordo com vizinhos, Maria Auxiliadora era uma idosa ativa, que andava pelo bairro e ia a cultos com uma amiga, que, depois de longa ausência, perguntou da mulher à filha. Eles mencionaram que Lucimar afirmava que a mãe já estava enterrada há três meses.
A mulher afirmava às pessoas que a mãe estava com problemas de saúde e que, por isso, ninguém podia visitá-la. Após três meses, a filha informou aos vizinhos que a mãe havia falecido, mas que não teve tempo de avisar a ninguém sobre o enterro.
Uma vizinha afirmou que não havia mau cheiro no local, mas as janelas do apartamento estavam sempre fechadas. “A única coisa que a gente percebeu é que o apartamento passou a sempre estar fechado, mas o cheiro ruim não tinha. Não senti nem ouvi isso de ninguém”, afirmou.
Outro vizinho disse que a filha da idosa era farmacêutica e que nos últimos meses percebeu uma mudança em seu comportamento. “Ela não parecia estar bem nem se comportar como a conhecíamos, mas a gente não podia imaginar que estaria acontecendo uma coisa dessa. Ela era farmacêutica. Pelo que vimos e soubemos dos comentários aqui da rua no sábado, ela estaria manipulando remédios e formol para manter o corpo com menos cheiro”, contou.
Uma perícia foi realizada no cadáver. A Polícia Civil já está investigando o caso, através da 27ª Delegacia de Polícia (DP), de Vicente de Carvalho. Lucimar, a filha da idosa, foi convocada para prestar depoimento, mas foi liberada em seguida.
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