OMC: Esforços climáticos devem se concentrar na coordenação de precificação de carbono

A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, diz que políticas climáticas levam a repercussões que podem aumentar as tensões comerciais

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A Organização Mundial do Comércio (OMC), com a participação do Fundo Monetário Internacional (FMI), da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), do Comércio e desenvolvimento da ONU (UNCTAD) e do Banco Mundial, apresentou o relatório intitulado “Trabalhando juntos para uma melhor ação climática: precificação do carbono, repercussões de políticas e metas climáticas globais”, enfatizando que a ação climática precisa ser intensificada para atingir as metas globais de redução de emissões – ao mesmo tempo que contribui para objetivos de desenvolvimento mais amplos.
A diretora-geral da OMC, Ngozi Okonjo-Iweala, diz que políticas climáticas levam a repercussões que podem aumentar as tensões comerciais e que o trabalho futuro das organizações internacionais deve se concentrar em maneiras concretas de coordenar políticas mais ambiciosas de precificação de carbono.
“As emissões globais precisam ser reduzidas com urgência para colocar o mundo no caminho certo para atingir as metas de Paris e a ambição global precisa ser dobrada ou quadruplicada”, declara a diretora-gerente do FMI, Kristalina Georgieva, no relatório. “A precificação do carbono deve ser parte integrante de uma combinação de políticas bem elaborada.”
Na mesma linha, diretor executivo sênior do Banco Mundial, Axel van Trotsenburg, diz que a precificação do carbono pode “desempenhar um papel central nas políticas do Banco Mundial, pois fornece “o incentivo certo para o setor privado e cria receitas públicas para apoiar o amplo progresso do desenvolvimento e ajudar as populações vulneráveis a gerenciar a transição da energia verde”. Porém, segundo ele, com cada país introduzindo suas próprias políticas climáticas, há também uma necessidade crescente de mais cooperação e coordenação.

Estadão Conteúdo
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