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O governo brasileiro iniciou operações para retirar os seus servidores da embaixada do país na Síria, que está em guerra após o ditador Bashar al-Assad deixar o país, ameaçado por grupos extremistas que agora combatem entre si pelo controle de regiões do território sírio.
A ordem de retirada, segundo fontes ao GloboNews, veio do Palácio do Planalto e busca proteger os diplomatas do país em meio ao aumento das tensões no país e no Oriente Médio com a queda de Assad.
Teoricamente, a embaixada permaneceria aberta, mas não há como garantir a segurança dos prédios e dos servidores brasileiros. O Brasil agora se junta a diversos países europeus que já começaram a esvaziar as suas representações.
A ideia do governo é levar seus servidores em um comboio até o Líbano, já que a avaliação do Ministério das Relações Exteriores é que as chances da situação piorar são grandes.
Apesar de mais de 3 mil brasileiros viverem no país, os diplomatas afirma não haver demanda para justificar o envio de um avião da Força Aérea Brasileira para resgatá-los, como foi feito no Líbano quando o país estava sob ataque israelense.
O governo afirma haver grande risco de que os extremistas avancem na Síria, em guerra há mais de 13 anos. A avaliação é que, antes, mesmo com um ditador, havia, ao menos, uma sensação de ordem no país, que pode acabar com a disputa entre grupos por partes do território da Síria e de países vizinhos.
Há preocupações, também, com a ofensiva israelense na região, principalmente com o governo Trump 2 se aproximando. Israel reivindica um território na região, as Colinas de Golã, há muito tempo e já ampliou os bombardeios na região. Em seu primeiro mandato, Trump disse que a área pertencia a Israel.
Na segunda-feira (9) ocorre uma reunião a portas fechadas do Conselho de Segurança da ONU, convocada pela Rússia, apenas com países-membros, visando discutir os próximos passos na região.