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A Polícia Rodoviária Federal (PRF) intensifica sua atuação na operação de desintrusão da Terra Indígena Munduruku, no Pará, em uma força-tarefa que mobiliza mais de 20 órgãos federais para combater invasores e o garimpo ilegal na região.
A ação foi desencadeada após determinação do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, e visa garantir que o território permaneça exclusivo dos povos indígenas, protegendo seus costumes, biodiversidade e recursos naturais.
A operação, coordenada pela Casa Civil da Presidência da República, começou no dia 9 de novembro e já realizou mais de 300 intervenções. Entre os resultados alcançados estão a destruição de acampamentos, dragas, barcos e outros equipamentos utilizados no garimpo ilegal, além da apreensão de escavadeiras, veículos e combustível. As ações causaram grandes prejuízos aos criminosos e reforçaram a presença do Estado na região.
A participação da PRF nesta operação faz parte do Plano Amazônia: Segurança e Soberania (Plano Amas), criado em 2023 pelo Governo Federal e coordenado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública. O plano visa intensificar o combate ao crime organizado e aos delitos ambientais nos nove estados da Amazônia Legal, por meio do fortalecimento das ações do Poder Público.
Em 2024, a PRF apresentou recordes no combate aos crimes ambientais na região amazônica. De janeiro a 13 de dezembro, foram registradas 2.130 ocorrências, resultando na apreensão de 43 quilos de ouro, avaliados em mais de R$ 22 milhões, e 3.800 toneladas de minerais, como cassiterita. Além disso, 29 mil m³ de madeira foram confiscados e 552 animais silvestres resgatados.
Os números refletem a intensificação das fiscalizações: mais de 24 mil pessoas e 23 mil veículos foram abordados ao longo do ano. Ações coordenadas também levaram à inutilização de balsas, motores, tratores, caminhões, escavadeiras e até aeronaves, causando perdas significativas ao crime organizado.