Formação de mulheres na área das ciências têm queda de 48% no Brasil

Foto: Tomaz Silva / Bahia Notícias

A porcentagem de mulheres que se formam em cursos de ciências, tecnologia, engenharia e matemática no Brasil caiu quase pela metade desde a pandemia da covid-19. É o que aponta o levantamento da Nexus - Pesquisa e Inteligência de Dados, a partir de dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), divulgado na terça-feira (11), no Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência.
Conforme os dados divulgados pela Agência Brasil, em 2019, 53% das mulheres que ingressaram em cursos das áreas STEM (sigla em inglês para ciências, tecnologia, engenharias e matemática) se formaram, enquanto 37% dos homens receberam os diplomas. Desde 2020, ambas porcentagens caíram, mas entre as mulheres a queda foi maior. Em 2023, 27% das mulheres e 23% dos homens concluíram a formação. Isso representa, para elas, uma queda de 48% na taxa de formação e, para eles, uma queda de 36%.
No geral, as carreiras científicas são dominadas por homens. O levantamento mostra que, em 2023, 74% dos ingressantes nos cursos de STEM eram homens, enquanto um quarto, 26%, eram mulheres. No entanto, o interesse feminino vem aumentando. Em dez anos, entre 2013 e 2023, o número absoluto de mulheres que entraram nas graduações em ciências exatas e biológicas passou de 176.547 em 2013 para 227.317 em 2023, com um aumento de 29%.

Cursos mais procurados

De acordo com um estudo, os cursos de STEM são classificados em três grandes grupos, sendo eles: o de ciências Naturais, matemática e estatística; o grupo de computação e tecnologias da informação e comunicação (TIC); e o de engenharia, produção e construção.
Da maioria das mulheres ingressantes em 2023, 48% estão no grupo das engenharias. Em segundo lugar, está o grupo da computação, com 43% das calouras e, por fim, o grupo das ciências naturais, com 9%. As informações são da Agência Brasil.
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