Por Mariana Brasil | Folhapress
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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
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Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O presidente Lula (PT) afirmou nesta quinta-feira (27) que demitiu Nísia Trindade do Ministério da Saúde por querer "mais agressividade" e disse que precisará fazer outras mudanças em seu governo.
"Nísia era uma companheira da mais alta qualidade, minha amiga pessoal, mas eu estou precisando de um pouco mais de agressividade, mais agilidade, mais rapidez, por isso estou fazendo algumas trocas", disse em entrevista ao programa Balanço Geral Litoral (SP), da Record.
O presidente também confirmou a intenção de anunciar as próximas mudanças na Esplanada após o Carnaval e disse que só comunicará os nomes dos novos indicados após conversar com seus escolhidos.
"Não quero que a pessoa saiba que vai ser ministro pela Record vou ter que fazer reforma, mexer no governo, mas com muito cuidado, como técnico de futebol".
Com a troca de Nísia Trindade por Alexandre Padilha, na Saúde, Lula iniciou as movimentações de sua reforma ministerial.
A demissão de Nísia foi oficializada na noite de terça (25), dias após o presidente ter dito a aliados que substituiria a socióloga pelo então ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, conforme antecipou a Folha de S.Paulo.
Horas antes, Nísia anunciou no Palácio do Planalto, ao lado de Lula, um acordo para a produção de 60 milhões de doses anuais da vacina contra a dengue pelo Instituto Butantan. Na ocasião, nenhum dos dois falou sobre sua saída.
O comunicado oficial do Planalto informando sua saída só foi feito à noite, depois de uma reunião breve entre Lula e a então ministra.
No início de fevereiro, o presidente afirmou não ter pressa em fazer nenhuma mudança em seu governo e elogiou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, um dos nomes que têm sido lembrado na bolsa de apostas para deixar o governo.
Outros nomes estão em alerta dentro da gestão com possíveis chances de trocas em suas respectivas pastas.
No desenho à mesa de Lula, também está a proposta de acomodação dos ex-presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).
Com as passagem de bastão dos dois chefes do Congresso para Hugo Motta (Republicanos-PB) e Davi Alcolumbre (União-AP), há expectativa de que os dois ex presidentes ocupem algum ministério.
Lula, no entanto, já afirmou que seu objetivo para Pacheco é de que o ex-presidente do Senado assuma o governo de Minas Gerais. Também no início do mês, o presidente deu início a uma nova rodada de conversas políticas.