Jerônimo diz não “atirar pedra na Justiça”, mas aponta buscar solução para problema com soltura de presos na Bahia

Por Gabriel Lopes / Victor Hernandes

Foto: Gabriel Lopes / Bahia Notícias

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, afirmou que não vai atuar como um crítico dos órgãos de Justiça como uma alternativa para minimizar os casos de soltura de criminosos após a polícia efetuar prisões no estado.
Em entrevista à imprensa nesta quarta-feira (26), o gestor disse que não vai “atirar pedra na Justiça”, e que sua função é de tratar com as autoridades do judiciário sobre a questão da violência. O governador indicou ainda que por meio de programas estaduais pode solucionar eventuais problemas com a prisão e soltura de suspeitos.
“Eu sou governador, eu não posso ficar atirando pedra na Justiça, no Ministério Público, na Defensoria. A sociedade pode cobrar, a imprensa pode denunciar. Meu papel é sentar e juntar as coisas, e nós fizemos isso. A decisão de criarmos, através da Assembleia Legislativa, uma lei que estabeleceu o programa ‘Bahia Pela Paz’, esse é o ambiente de concentração. O ‘Bahia Pela Paz’ é quem traz as possibilidades de fazer os ajustes, tanto na hora e na forma da prisão, ou quanto na hora e na forma de julgar ou de soltar. É direito, tem advogados”, disse Rodrigues durante evento de apresentação da Bahia Farm Show 2025
O petista ainda revelou discordar de críticas feitas ao judiciário por soltar pessoas acusadas em algum tipo de crime, e indicou não concordar com “disputa” entre o Poder Executivo e Judiciário nas trativas de segurança pública.
“Eu não concordo com ministro que fica apontando erro na forma de como é que prende ou solta. Essa disputa não ajuda a resolver. Não ajuda o Executivo que prende, nem ficar condenando ou criticando a Justiça que solta. A gente senta na mesa como instituições civilizadas que recebem dinheiro. É dinheiro público, o povo paga para que a gente possa trabalhar de uma forma mais adequada possível”, apontou Jerônimo.
“Se a forma de prisão está incorreta, corrijamos, passamos leis. Se a forma de soltura ou de qualquer tipo de tratamento está equivocada que nós possamos apontar. [...] Meu caminho de gestor é o caminho de resolutividade, de apresentar para a sociedade saídas concretas para a violência e para a insegurança”, completou o governador.

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