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A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomendou o uso do cabotegravir como profilaxia pré-exposição (PrEP) para o HIV. Na quinta-feira (28), o braço da ONU para a Saúde pediu que países considerem esse medicamento injetável de longa duração como opção de prevenção, pois ele é "seguro" e "altamente eficaz".
De acordo com o UOL Viva Bem, com informações do Estadão, as novas diretrizes são baseadas em critérios de eficácia, aceitabilidade e são sugeridas em um momento crítico.
Dados da OMS apontam para uma estagnação dos esforços de prevenção. Cerca de 1,5 milhão de novas infecções por HIV foram registradas no ano passado. Esse quantitativo se assemelha ao mesmo número registrado em 2020.
"O cabotegravir de ação prolongada é uma ferramenta de prevenção segura e altamente eficaz do HIV, mas ainda não está disponível fora dos ambientes de estudo", disse, em nota, Meg Doherty, diretora dos programas globais de HIV, hepatite e infecções sexualmente transmissíveis da OMS. "Esperamos que essas novas diretrizes ajudem a acelerar os esforços dos países para começar a planejar e entregar o CAB-LA juntamente com outras opções de prevenção."
A medicação tem aplicação intramuscular e as duas primeiras injeções são administradas com quatro semanas de intervalo. As aplicações devem ser seguidas por outras, a cada 8 semanas.
O Sistema Único de Saúde (SUS) brasileiro atualmente oferece uma opção de tratamento preventivo oral, com a administração diária de dois medicamentos, o tenofovir e a entricitabina.
A Fiocruz informou, em março, que a Unitaid, agência internacional de combate à Aids ligada às Nações Unidas, vai financiar um projeto de implantação do cabotegravir no país. A iniciativa será coordenada pelo Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (INI/Fiocruz) junto ao Ministério da Saúde.