Por Política Livre
O candidato a governador ACM Neto (União Brasil) voltou a criticar a ausência do candidato do PT baiano nos debates do segundo turno. Neto afirmou que Jerônimo foge para tentar esconder o legado deixado por ele nos cargos públicos que ocupou. “Como é que, numa eleição em segundo turno onde temos apenas dois candidatos, um deles é desafiado a debater e não tem coragem de aparecer?”, questionou o ex-prefeito de Salvador durante evento em Cruz das Almas.
Nesta terça-feira (25), em entrevista à rádio Sociedade, o ex-prefeito de Salvador voltou a criticar o seu oponente. “Se ele está se escondendo agora para não debater comigo, imaginem como ele seria se tivesse a oportunidade de ser governador, na hora de encarar os problemas de violência, os problemas da regulação na saúde pública, do número de desempregados e de pessoas vivendo abaixo da linha da extrema pobreza na Bahia?”, apontou.
Em discurso em Cruz das Almas, Neto lembrou que durante as passagens de Jerônimo Rodrigues pela Secretaria de Desenvolvimento Rural, o candidato do PT foi o responsável por validar a extinção da EBDA, uma das agências mais importantes no apoio ao micro e pequeno produtor rural do estado.
“Aqui em Cruz das Almas nós temos uma zona rural forte, no Recôncavo nós temos milhares de famílias que vivem da agricultura familiar e o que fez Jerônimo? Ele, que é agrônomo, virou as costas para o pequeno produtor e acabou com a EBDA”, disse. “Ele também é professor. Foi Secretário de Educação e o resultado do trabalho dele foi deixar a Bahia em penúltimo lugar na qualidade de ensino do Brasil. Uma vergonha”, acrescentou Neto.
Outra situação mencionada pelo candidato do União Brasil foi o tratamento dado por Jerônimo aos alunos da rede pública de ensino da Bahia durante a pandemia. Enquanto em Salvador o ex-prefeito organizou a estrutura municipal para garantir entrega de cestas básicas para as famílias, seu adversário precisou ser obrigado pela Justiça a garantir a merenda escolar para as crianças e jovens que não podiam frequentar as salas de aula.
“Além de tudo isso, Jerônimo foi secretário na cidade onde ele nasceu, em Aiquara. À época, o prefeito da cidade, que ele apoiava e fazia parte da gestão, foi cassado. A gestão que ele participou ficou oito meses sem pagar os funcionários”, salientou durante discurso aos presentes.
ACM Neto também fez questão de citar o dado alarmante que mostra que apenas este ano, em Feira de Santana, 339 pessoas morreram na fila da regulação enquanto esperavam atendimento médico na Bahia.
“E eles ainda têm coragem de dizer que defendem os pobres. Como é que defende o pobre deixando o pobre morrer sem ter atendimento de saúde? Deixando o pobre sem segurança, deixando as fábricas fecharem os empregos, irem embora e fazendo da Bahia a campeã do desemprego? Como defendem os pobres deixando a nossa juventude sem oportunidade de estudar para conseguir um lugar no mercado de trabalho ou para fazer o seu curso superior?”, ponderou.
“Esse é o resultado do trabalho de Jerônimo Rodrigues. Na propaganda eles sabem mentir, mas, quando chega na realidade, a vida mostra que a coisa é bem diferente”, acrescentou Neto.
Na cidade de Cruz das Almas o candidato ACM Neto foi recebido por diversas lideranças políticas da região. O prefeito Ednaldo Ribeiro (Republicanos), que declarou apoio ao projeto político de Neto ao Governo da Bahia no segundo turno, acompanhou o ex-prefeito durante toda a carreata e durante o comício.
“Do lado de cá, com muito orgulho, eu falo da minha história. Falo dos mais de 20 anos que tenho na vida pública. Lembro, inclusive, que com o apoio do povo de Cruz das Almas fui três vezes o deputado mais votado da Bahia. Duas vezes prefeito de Salvador. Jerônimo foi testado e reprovado. Eu fui testado e considerado pelos soteropolitanos o melhor prefeito do Brasil por oito vezes. Saí com mais de 80% de aprovação da prefeitura. Essa é a comparação que os baianos precisam fazer”, defendeu Neto.
Também estiveram presentes vereadores e os deputados Elmar Nascimento (União Brasil), Sandro Régis (União Brasil); os prefeitos de Governador Mangabeira, Marcelo Pedreira (PP), a prefeita de Nazaré, Eunice (União Brasil), de Maragogipe, Valdir, e o prefeito de São Félix, Alex (União Brasil).