Por Bahia Notícias
Foto: Reprodução / Instituto Sanger
Uma nova variante da Covid-19 foi identificada pela Agência de Segurança Sanitária do Reino Unido. A nova cepa, CH.1.1, apelidade de Orthrus, tem potencial de se tornar dominante em toda a região.
De acordo com um dos maiores sites de vigilância do país, o Instituto Sanger, a Orthrus já representa 23,3% de todos os casos de coronavírus registrados na nação, e responsável por 100% dos testes positivos em pelo menos 15 distritos.
A nomenclatura Orthrus é uma referência a uma figura da mitologia grega: um cachorro de duas cabeças e com rabo de serpente. O animal possui um irmão, o Cérbero, que possui uma cabeça a mais e é conhecido por proteger os portões do inferno.
Apesar do nome apocalíptico, ainda é cedo para dizer se a nova variante pode provocar casos mais graves da doença ou escapar da imunidade assegurada pelas vacinas bivalentes.
Mesmo a Orthrus sendo responsável pelo maior número de infecções no país, especialistas consideram que a variante BQ.1.1, intitulada Kraken, está crescendo mais rápido, é mais transmissível e possui maior escape imunológico do que outras cepas em circulação.
Os cientistas descobriram que ambas as subvariantes possuem peculiaridades genéticas. A primeira tem uma mutação chamada P681R, parecida com a da variante Delta. Acredita-se que a transformação genética é uma melhoria das células de ataque, e causa quadros graves da doença.
Os pesquisadores também revelaram que a variante contém mutação no gene R346T, que ajuda a cepa a combater os anticorpos gerados em resposta à vacina ou a infecção anterior.
Já a Kraken tem uma mutação chamada F486P, que ajuda a contornar os anticorpos que combatem a Covid-19, e a S486P, que melhora a capacidade da variante de se ligar às células humanas.
As duas novas cepas combinadas com a crise do Serviço Nacional de Saúde (NHS) e um surto de gripe, desencadearam pedidos pelo retorno das restrições da era pandêmica no Reino Unido. As informações são do portal Metrópoles.