Crédito: REUTERS/Adriano Machado
Auxiliares de Jair Bolsonaro (PL) temem que o ex-presidente volte a cair em depressão após o julgamento do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que começa nesta quinta-feira (22).
Quando perdeu as eleições em outubro do ano passado, Bolsonaro se isolou, cercou-se de poucos aliados próximos, viajou para os Estados Unidos para não passar a faixa ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e só retomou a atividade política cinco meses depois, quando voltou ao Brasil.
O receio se deve ao fato de que o PL, partido ao qual Bolsonaro se filiou, conta com a atuação do ex-presidente para organizar as eleições municipais.
Como o Painel mostrou, o PL aproveitará o aniversário de 38 anos de fundação da legenda, no próximo domingo (25), para dar início a uma campanha de filiação.
O partido quer também usar como gancho a provável condenação de Jair Bolsonaro pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral), que deve torná-lo inelegível, para estimular os apoiadores do ex-presidente a entrar na legenda.
Para evitar que o ex-mandatário se deprima, o plano é marcar uma viagem por semana e intensificar as articulações municipais. Com isso, aliados pretendem permitir que Bolsonaro tenha contato com os apoiadores e se sinta revigorado com a energia das agendas nas ruas.
Fábio Zanini/Folhapress