Por Anderson Ramos / Victor Hernandes
Fotos: Joá Souza/GOVBA
O governador Jerônimo Rodrigues (PT) criticou na terça-feira (6), a lacuna na entrega energética ao agronegócio e também da dificuldade para liberação de supressão de vegetação em algumas áreas rurais da cidade de Luís Eduardo Magalhães. A declaração aconteceu durante a participação do governador no Bahia Farm Show, em Luís Eduardo Magalhães.
O problema da energia e da supressão são as críticas mais recorrentes entre os empresários do agronegócio. Segundo Jerônimo, a falta de energia elétrica em algumas localidades da região impossibilita a chegada de novas empresas para comercialização de tecidos e algodão em Luís Eduardo Magalhães.
“Nós conversamos com Lula, Rui Costa e o ministro Carlos Fávaro e botamos na mesa que temos que enfrentar o tema da energia. A região aqui exporta algodão em pluma e algumas empresas querem plantar uma indústria para beneficiar o algodão e vender tecido, mas a capacidade de energia não permite. Então temos que conversar com a Aneel e naturalmente com a Coelba. Não dá para a gente ficar pagando uma conta por isso”, apontou Rodrigues.
Outra crítica do governador é direcionada ao processo de liberação da supressão de vegetação nativa para uso alternativo do solo, tanto de domínio público como de domínio privado. Para o chefe do executivo baiano, o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) não pode intervir no percentual da propriedade ter a preservação.
“A liberação de supressão é lei. A lei estabelece um percentual da propriedade ter a preservação. Aí o Inema não pode [intervir]. Se você compra 100 hectares e só é cumprido o percentual de 10%, 15% ou 20%, tem que se combinar para que as reservas florestais possam ser mantidas e as áreas de preservação possam ser garantidas. O relacionamento com o lençol freático nós estamos fazendo um esforço para que isso possa ser preservado”, explicou Jerônimo.
O chefe do Executivo destacou também sobre a importância da função do agronegócio para a economia local. Além disso, ele apontou também a respeito da economia local incentivada por este setor.
“A palavra do Lula demarcou muito forte isso, são papéis diferentes, o agronegócio foi feito para exportar e leva divisas. Eu quero ver uma cultura familiar e reforma agrária forte. Agora vou ter que trabalhar pela paz no campo”, contou.
“Vou trabalhar para que possa ter na Bahia uma paz no campo para a gente fortalecer a produção da agricultura familiar, que gera emprego, renda, um negócio desse gera a indústria de máquinas, gera indústria de empacotamento. As pessoas que trabalham no agronegócio vão para restaurantes, hotéis, mercados, então não é só o agronegócio, é a economia que gira em torno da região”, observou o governador.