O príncipe e premiê saudita e o presidente turco serão os primeiros governantes estrangeiros recebidos em reuniões bilaterais por Lula, durante a passagem pela Índia. Ambos são conhecidos por liderar regimes que restringem liberdades em seus países. Os dois encontros ocorrerão no Bharat Mandapam, sede da Cúpula do G-20, durante um intervalo reservado pela organização para esse tipo de conversa.
Foto: Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai dedicar parte de sua agenda em Nova Délhi, na Índia, a encontros com líderes autoritários. Lula vai se reunir neste sábado, 9, com o príncipe herdeiro e primeiro-ministro da Arábia Saudita, Mohammed Bin Salman Al Saud, e com o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan.
O príncipe e premiê saudita e o presidente turco serão os primeiros governantes estrangeiros recebidos em reuniões bilaterais por Lula, durante a passagem pela Índia. Ambos são conhecidos por liderar regimes que restringem liberdades em seus países. Os dois encontros ocorrerão no Bharat Mandapam, sede da Cúpula do G-20, durante um intervalo reservado pela organização para esse tipo de conversa.
Lula ainda não havia conversado pessoalmente com nenhum dos dois desde que assumiu a Presidência pela terceira vez. O encontro com MBS, como o príncipe é conhecido, chegou a ser agendado para ocorrer em junho, na França, mas Lula cancelou com poucas horas de antecedência a presença no banquete em sua homenagem, que seria oferecido pelo saudita.
Na ocasião, Lula alegou cansaço físico e prometeu remarcar a conversa. Disse ainda que convidaria o príncipe a visitar o Brasil, por causa do poder de investimentos bilionários do fundo soberano saudita.
“Eu sabia que havia uma proposta de reunião com o príncipe da Arábia Saudita que queria discutir investimentos no Brasil. Eu quero conversar com todas as pessoas que querem fazer investimento no Brasil, porque quero saber qual a qualidade do investimento”, disse Lula, em Paris, posteriormente. “Eu simplesmente não tive condições de participar da reunião e vou pedir que o Itamaraty o convoque pra ir ao Brasil discutir negócios com empresários brasileiros. Se a Arábia Saudita tiver interesse em investir, o Brasil terá interesse em conversar com quem quer que seja que eles mandem conversar.”
Estadão conteúdo