Brasília (DF), 02/08/2023, O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, durante entrevista ao programa Bom dia, ministro, nos estúdios da EBC. Foto: Rafa Neddermeyer/Agência Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o País vive um momento que exige “cuidado” em relação a vigilância nos gastos, ao que se aprova no Congresso e o que se decide no Judiciário. “Tem muita coisa para olhar. Mas, penso assim, se a gente perseverar nesse caminho, nós vamos colher os frutos dessa política fiscalmente sustentável. O juro vai cair e os empresários estão ávidos para investir no Brasil até pelas nossas vantagens competitivas nesse momento geopolítico mundial “, disse.
Em entrevista ao programa Canal Livre, transmitido pela BandNews TV neste domingo, 17, o ministro afirmou que a agenda econômica do primeiro semestre deste ano foi 100% cumprida.
Segundo ele, o governo conseguiu persuadir com bons argumentos na negociação que tínhamos pontos importantes e afirmou ver o mesmo cenário para o segundo semestre, que será também desafiador, em sua avaliação. “Agora nós temos a agenda do segundo semestre, que imagino que será 100% cumprida. Com negociação, evidentemente que com negociação. Governo manda sua proposta e sabe que tem 513 deputados, cada um com seu entendimento, 81 senadores, cada um com seu entendimento. Regra democrática, está tudo bem.”
Oportunidade de crescer
O ministro da Fazenda afirmou ainda que o Congresso Nacional está sensível e que todos estão vendo que o Brasil está diante de oportunidade de crescimento. “O Congresso está sensível. Há uma sensibilidade de que nós temos que cuidar. Temos uma herança que temos que cuidar”, disse. “E todo mundo está vendo que estamos diante de uma oportunidade.”
Durante a entrevista ao Canal Livre, ele afirmou que tem procurado cumprir, na velocidade necessária, o cronograma de entrega para o resultado que pretende atingir o mais rápido possível. Mas, fez uma ressalva de que há uma série de atores envolvidos nas discussões.
O ministro citou a aprovação nesta semana incorporar 50 mil servidores na folha do governo sem analisar impacto. “Isso vai passar pela Câmara? Não vai? Essa é a reforma administrativa que a gente pretende? Provavelmente, não. Cada Poder tem seu protagonismo.”
Estadão Conteúdo