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A Forças Armadas israelenses invadiram, na sexta-feira (9), um hospital em Khan Yunis, cidade no sul da Faixa de Gaza sitiada há semanas, anunciou o Crescente Vermelho palestino, que administra o estabelecimento.
“As forças de ocupação [israelenses] tomaram o hospital Al Amal e começaram a revistá-lo”, afirmou a instituição, equivalente à Cruz Vermelha, em comunicado, acrescentando que estão tendo dificuldades na comunicação com suas equipes no interior da unidade hospitalar.
A AFP questionou o Exército israelense sobre esta informação, mas não obteve resposta até o momento.
O hospital Al Amal está sob fogo cruzado das forças israelenses e dos combatentes do movimento islamista palestino Hamas, no poder em Gaza desde 2007.
Na quinta-feira, o Crescente Vermelho palestino relatou “intensos bombardeios” e “disparos de armas pesadas” nos arredores do centro médico.
Há dias a ONG pede mais segurança ao hospital para que os suprimentos continuem chegando, considerando a escassez de oxigênio medicinal, medicamentos e combustível para os geradores de eletricidade.
No início da semana, o Crescente Vermelho afirmou que 8.000 pessoas que se refugiaram em Al Amal e em sua sede foram retiradas destes locais.
Cerca de 40 deslocados, 80 pacientes e 100 funcionários permaneceram no estabelecimento médico após a ordem de retirada, informou a organização na segunda-feira.
Embora, teoricamente, devessem ser contemplados com proteção especial, segundo as leis da guerra, os hospitais de Gaza têm sido alvos frequentes de ataques desde o início do conflito, em 7 de outubro.
Na quarta-feira (7), a ONU afirmou que nenhum hospital deste território palestino está funcionando normalmente. Cerca de um terço deles ainda estão operacionais, mas com muitos problemas.
A guerra eclodiu quando militantes islamistas mataram mais de 1.160 pessoas, a maioria civis, e sequestraram cerca de 250 em um ataque no sul de Israel, segundo um relatório da AFP baseado em dados oficiais israelenses.
Uma trégua de uma semana no final de novembro permitiu a troca de 100 reféns por prisioneiros palestinos detidos em Israel. Estima-se que 132 permanecem cativos em Gaza, 29 dos quais são considerados mortos.
Em resposta, Israel lançou uma ofensiva na Faixa de Gaza que deixou pelo menos 27.947 mortos, sobretudo mulheres, crianças e adolescentes, segundo o Ministério da Saúde do governo do Hamas.
© Agence France-Presse