Foto: Marcelo Camargo / Agência Brasil
O Brasil integrou o grupo internacional para monitorar diferentes tipos de coronavírus e identificar novas cepas que possam representar riscos para a saúde pública, além de buscar se antecipar a uma nova pandemia. Denominada de CoViNet faz parte de um desdobramento da rede de laboratórios de referência estabelecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS), no começo da pandemia de covid-19.
No grupo, o Brasil é representado pelo Laboratório de Vírus Respiratórios, Exantemáticos, Enterovírus e Emergências Virais do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz). A rede tem 36 laboratórios de 21 países com expertises em vigilância de coronavírus em humanos, animais e ambiente.
“Nós temos que ter uma rede que tenha pessoas capacitadas, com bastante expertise, não só na saúde humana, mas também animal e ambiental de coronavírus. E essa rede, então, foi desenvolvida, justamente para dar apoio, não só ao seu país de origem, mas globalmente. O que a gente quer é se antecipar a uma nova pandemia. Isso é um grande desafio no momento no qual os governos, junto com a OMS, estão trabalhando”, explicou a chefe do Laboratório , Marilda Siqueira a Agência Brasil.
A OMS ampliou e consolidou a rede formada durante a pandemia, além de lançar em 2023, uma chamada para laboratórios de todo o mundo. O laboratório do IOC/Fiocruz foi um dos selecionados para compor a CoViNet.
“Nós temos que continuar fazendo esse trabalho, agora já com uma rede global estruturada dentro de determinados procedimentos para que a gente possa, por exemplo, entender como esse vírus vai evoluindo e o que isso pode ou não influenciar na composição da cepa vacinal”, explica Siqueira.