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As temperaturas no continente europeu subiram 2,3 graus nos últimos cinco anos, muito acima da média mundial de 1,3 grau. A média é imediatamente abaixo do 1,5 grau acordado no Acordo de Paris, em 2015, como limite de aumento global.
De acordo com matéria do UOL, a Organização Meteorológica Mundial, em conjunto com a Copernicus, agência climática da União Européia, apresentaram um relatório conjunto nesta segunda-feira (22). No relatório, as organizações apontam que o continente tem a necessidade de desenvolver estratégias especificamente para acelerar a transição para recursos renováveis, como a energia eólica, solar ou hidrelétrica.
"A crise do clima é o maior desafio da nossa geração. Os custos das medidas climáticas podem parecer altos, mas os da inação são muito maiores", afirma Celeste Saulo, secretária-geral da OMM.
Em 2023, a Europa teve 43% de sua energia gerada a partir de recursos renováveis, enquanto que em 2022, essa parcela foi de 36%. Este foi o segundo ano consecutivo em que mais energia renovável foi gerada do que por combustíveis fósseis no continente.
As médias revelam que as temperaturas atuais na Europa se encontram 2,3 graus acima dos níveis pré-industriais, comparadas a um aumento de 1,3 graus global, de acordo com o estudo. Em 2015, no acordo de Paris, assinado por 200 países, foi acordado que o aquecimento global limitasse a apenas 1,5 graus.
O relatório inclui ainda um “alerta vermelho” de que o mundo não está fazendo o suficiente para combater as consequências do aquecimento global. Segundo o documento, o custo das perdas econômicas relacionadas ao clima em 2023 alcançou cerca de € 13,4 bilhões, cerca de R$ 74,5 bilhões na Europa.
De acordo com o diretor do Copernicus, Carlo Buontempo “Infelizmente, é improvável que esses números diminuam, pelo menos no futuro próximo”. Ainda segundo o estudo, as temperaturas afetaram ainda, todas as geleiras europeias, que perderam muito gelo. Nos últimos dois anos, as geleiras dos Alpes teriam reduzido o seu volume em 10%, de acordo com o Copernicus.