MAIO VERMELHO: AVALIAÇÕES BUCAIS DE ROTINA PODEM PREVENIR CANCÊR DE BOCA

Clínica-escola de Odontologia do Centro Universitário Estácio realiza atendimentos gratuitos

Larissa Lins

Maio é o mês de alerta para o Câncer de Boca. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam que sejam diagnosticados no Brasil uma média de 15 mil novos casos de câncer de boca e orofaringe. A doença pode afetar os tecidos da cavidade oral, incluindo os lábios, gengivas, glândulas salivares, língua, revestimento interno das bochechas, céu da boca e assoalho da boca.
O câncer de boca pode ser prevenido evitando os fatores de risco, como consumo de bebidas alcoólicas, tabagismo, exposição solar sem proteção e infecção pelo vírus HPV. Os sintomas do câncer de boca podem incluir feridas na boca que não cicatrizam, inchaços ou nódulos, manchas vermelhas ou brancas nas gengivas, língua ou revestimento da boca, dor persistente, dificuldade para mastigar ou engolir, e alteração na voz. “Feridas que não cicatrizam em 15 dias, manchas brancas e vermelhas, caroços que não doem no pescoço são alguns sinais de alerta e de indicação para uma consulta com o cirurgião-dentista.” recomenda a estomatologista Larissa Lins e professora do Centro Universitário Estácio da Bahia.
O diagnóstico precoce é crucial para um tratamento eficaz e melhores prognósticos, podendo envolver exame físico, biópsia e exames de imagem. “O câncer de boca é possível de ser diagnosticado ainda nas fases iniciais, visto que temos fácil acesso a cavidade bucal para autoexame e exame especializado pelo cirurgião-dentista”, alerta Larissa Lins.
Normalmente, o tratamento de câncer de boca consiste em cirurgia para retirada da lesão, seguido de sessões de radioterapia. Em alguns casos, pode ser necessária quimioterapia associada. Homens brancos com média de idade de 50 anos, com hábitos de tabagismo e etilismo são o grupo de maior risco para desenvolver o câncer de boca. Entretanto, com o hábito do consumo do fumo e do álcool presentes também nas mulheres na sociedade atualmente, esse padrão pode apresentar leves variações. “Mas, não estar no grupo de risco não significa não ter a possibilidade de desenvolver a doença, principalmente quando há a presença do fumo e álcool nos hábitos diários”, acrescenta Lins.
Exames de rotina com o cirurgião-dentista aumentam as chances do diagnóstico precoce, que é importante para aumentar as chance de cura e reduzir sequelas do tratamento cirúrgico. Na clínica-escola de Odontologia do centro universitário Estácio da Bahia é ofertado o serviço de realização de biopsias e encaminhamento para o laboratório de patologia externo para o diagnóstico de diversas lesões de boca, incluindo lesões com maior risco de se tornarem câncer e o próprio câncer de boca. “O cirurgião-dentista pode diagnosticar, mas não é apto para realizar o tratamento do câncer de boca. O acompanhamento deve ser feito pelo médico oncologista ou de cabeça e pescoço, junto com a equipe da radioterapia e quimioterapia”, recomenda a especialista Larissa Lins. Interessados devem agendar atendimento através do telefone (71) 2107-8238

(22.05.2023)
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