Por Ana Clara Pires / Beatriz Adamoli
Foto: André Carvalho / Bahia Notícias
O sanfoneiro Flávio José é uma das atrações que sobem ao palco do Parque de Exposições de Salvador na segunda-feira (1º), embalando o público com o forró tradicional. Antigo no ramo, o artista falou sobre ser uma figura de relevância para os jovens forrozeiros, declarando Luiz Gonzaga como a sua principal inspiração.
“Eu nunca imaginei chegar aqui nessa situação de servidor da obra dele (Gonzaga), e de ser incentivo para essa moçada. Eu fico muito feliz por ver muitas meninas e meninos tocando acordeon”, afirma.
Ao Bahia Notícias, ele ainda destacou a importância de se profissionalizar em outra área, classificando a música como um destino incerto. “É se cuidar para depois pensar na música”, disse.
Questionado em entrevista coletiva sobre como faz para sustentar a carga horária de shows, Flávio compartilha que o “segredo” é ter hábitos saudáveis, priorizando uma rotina de exercícios e boas horas de sono. “Tomar uns três litros de água e dormir. Pronto esse é o segredo. Ficar calado também, não ficar gastando a voz e pedir a deus pra não pegar nenhuma virose”, completou.
O músico também comentou sobre a tendência atual de pegar músicas de forrós antigas e encaixar em novos ritmos e letras, utilizando apenas o sample da canção original.
“Eu fico muito triste quando vejo alguém pegar uma obra de Luiz Gonzaga e bota em uma ‘levada’ que não tem nada a ver. Parece que se cansaram de fazer tantas coisas, que agora o que resta é mexer em uma obra que merece total respeito”, declara José.