Por Folhapress
Foto: Reprodução / Youtube / Forbes Breaking News
A vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris, reuniu-se o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, na Casa Branca na quinta-feira (25).
O encontro foi observado de perto por analistas, que buscavam ali indícios de possíveis reformulações da política externa americana em relação à Israel por parte da provável candidata do Partido Democrata à Presidência caso ela seja eleita.
Horas antes, era o presidente, Joe Biden, que estava com Bibi, como o líder israelense é conhecido. Este foi o primeiro encontro presencial entre os líderes desde outubro do ano passado, quando teve início a guerra Israel-Hamas.
Biden viajou até Israel para demonstrar o apoio semanas depois da eclosão do conflito. Então, o americano abraçou Bibi, como o líder israelense é conhecido, e prometeu apoiá-lo.
Ao menos diante das câmeras, o americano manteve nesta quinta o tom amistoso daquela ocasião, e segundo relato do jornal The New York Times abriu um sorriso largo ao dar as boas-vindas ao israelense ao Salão Oval.
Suas palavras, "temos muito o que conversar", davam um indício, no entanto, da tensão que os países vêm acumulando nos últimos tempos.
Washington é o maior aliado externo de Tel Aviv desde os anos 1970. A relação entre os dois países já passou por diversos altos e baixos mas, desde a Segunda Guerra Mundial, o Estado judeu foi o país do mundo que mais recebeu ajuda direta dos EUA.
Ao responder o americano, Bibi, como o líder israelense é conhecido, citou justamente esse histórico. "Quero agradecê-lo por seus 50 anos de serviço público [Biden entrou na política 52 anos atrás, ao ser eleito senador por Delaware] e 50 anos de apoio ao Estado de Israel".
As divergências mais recentes entre os líderes começaram pouco depois que Netanyahu voltou ao posto de primeiro-ministro, no final de 2022 —seu governo, o mais à direita da história de Israel, iniciou uma ofensiva contra o Judiciário logo após assumir, uma iniciativa que foi publicamente criticada por Biden.
A guerra em Gaza, cujo estopim foi uma incursão do Hamas ao sul de Israel que deixou cerca de 1.200 mortos, no ataque mais letal a judeus desde o Holocausto, a princípio voltou a unir os líderes.
Mas a continuidade do conflito na faixa, já no seu nono mês, e o grande número de mortes que ela vem provocando —estimado em mais de 39 mil pelas autoridades da faixa, ligadas ao grupo terrorista—, tem sido motivo de repreensões cada vez mais duras por parte do presidente americano.