Trump confirma ida à convenção republicana mesmo após atentado

Por Folhapress

Foto: Doug Mills/The New York Times

O ex-presidente dos EUA Donald Trump, que sofreu um atentado no sábado (13), confirmou que irá para a Convenção Nacional Republicana mesmo após o incidente.
Trump disse que chegou a cogitar atrasar a viagem. "Eu ia atrasar minha viagem para Wisconsin para a Convenção Nacional Republicana em dois dias, mas acabei de decidir que não posso permitir que um 'atirador' ou assassino em potencial force a mudança na programação, ou qualquer outra coisa", escreveu na rede social Truth Social.
O ex-presidente disse que viajaria neste domingo à tarde. Horas após o atentado, a equipe de campanha de Trump já havia indicado que ele iria à convenção. "O presidente Trump está ansioso para se juntar a todos vocês em Milwaukee enquanto prosseguimos com nossa convenção para nomeá-lo como o 47º presidente dos Estados Unidos."

É nessa convenção que Donald Trump deve ser oficializado como candidato do Partido Republicano.

COMO FOI O ATENTADO

Trump discursava a apoiadores quando foi alvo de disparos. Nos vídeos que registraram o momento, é possível ouvir os tiros e, logo depois, Trump leva a mão à orelha e se abaixa. Em seguida, agentes do Serviço Secreto correm para protegê-lo no palanque. O comício era realizado em Butler, no estado da Pensilvânia.
Imagens mostraram que parte da orelha de Trump sangrou. Quando foi retirado do local por seguranças, o republicano ergueu o punho em direção à multidão. "Senti a bala rasgando a pele", escreveu Trump em uma rede social.
Duas pessoas morreram, sendo uma delas o atirador. O atentado está sendo investigada como uma possível tentativa de homicídio. De acordo com Anthony Guglielmi, chefe de comunicação do Serviço Secreto, os disparos foram feitos de uma "posição elevada" fora do comício, e o atirador foi "neutralizado" por agentes. Outras duas pessoas ficaram gravemente feridas.

QUEM ERA O ATIRADOR

Atirador tinha 20 anos e morava em Bethel Park, na Pensilvânia. O distrito fica a cerca de 60 km ao sul do local onde acontecia o comício de Trump. Crooks se formou na Escola Secundária Bethel Park em 2022, de acordo com relatos da imprensa local e um vídeo da cerimônia de formatura da escola visto pela CNN.
Thomas Crooks estava registrado como eleitor republicano. A informação consta em um banco de dados de eleitores da Pensilvânia, onde a polícia encontrou seu nome, idade e endereço, segundo a emissora americana CNN. Isso não significa, contudo, que Crooks era necessariamente eleitor de Trump, uma vez que ser registrado em um partido específico nos EUA não te obriga a votar no candidato que o representa.
Jovem não levava documento quando foi morto pelo Serviço Secreto. O FBI (equivalente à Polícia Federal) precisou analisar seu DNA para obter a confirmação de sua identidade, explicou Kevin Rojek, agente especial encarregado do escritório de Pittsburgh. Os detalhes foram repassados durante uma entrevista coletiva, ainda na noite de ontem.
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