Mirando retomada de atividades, Estaleiro Enseada tem licença renovada para instalar terminal às margens do Paraguaçu

Por Mauricio Leiro / Gabriel Lopes

Foto: Divulgação / Enseada

Dando mais um passo na retomada das atividades no Estaleiro Enseada Paraguaçu, que fica localizado no município baiano de Maragogipe, Recôncavo Baiano, a empresa Enseada Indústria Naval teve a renovação da licença de instalação renovada por mais três anos.
A portaria foi publicada nesta semana pelo Governo da Bahia, através do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema). Responsável pela administração do local e uma empresa do grupo Novonor (ex-Odebrecht), a Enseada Indústria Naval S.A. foi autorizada a instalar um terminal de líquidos e granéis.
Segundo o documento, o espaço será destinado a recepção, armazenamento temporário e distribuição de combustíveis (óleo diesel, gasolina, álcool hidratado, álcool anidro e biodiesel). A portaria também indica que o terminal terá capacidade para estocar 39.962 toneladas de combustíveis no local.
No mês passado, o Estaleiro Enseada anunciou a retomada das atividades operacionais no empreendimento fundado em 2012 para atender demandas do pré-sal. À época, resultou em um investimento de R$ 5 bilhões. Em 2015, contudo, com crise no setor, a empresa praticamente suspendeu as atividades e, em 2019 , entrou com pedido de recuperação judicial.
A divulgação da novidade no mês de julho ocorreu em meio ao anúncio da Petrobras e Transpetro da retomada da indústria naval. A Enseada então comunicou a volta dos trabalhos com perspectiva de geração de mais 500 empregos diretos e 2,5 mil indiretos.
Além disso, foi assinado um protocolo de intenções entre o Consórcio que administra o local e o Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, com investimento previsto de R$ 9 milhões.

O COMPLEXO

Com uma área de 1.600.000 m² localizado às margens do Rio Paraguaçu, na Bahia, o Enseada é o único estaleiro de 5ª Geração do Brasil e produtividade para atender demandas domésticas e internacionais.
No auge, o estaleiro chegou a gerar 7.462 empregos diretos, sendo 3.588 deles somente na cidade de Maragogipe (75% dos empregos formais do município).
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