Estudo aponta que a América do Sul está ficando mais quente, seca e inflamável nas últimas décadas

Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

Um estudo divulgado pela revista científica ‘Communications Earth & Environment’ apontou que a América do Sul está ficando mais seca, quente e inflamável durante as últimas cinco décadas.
Conforme a revista, por trás deste aumento há uma explicação clara: as mudanças climáticas. É este o processo que intensifica os períodos de seca e aumentado a temperatura no subcontinente, resultando em condições mais favoráveis a incêndios florestais em muitas regiões.
O estudo traz números atualizados até o ano de 2022, e apontas que os dados de temperatura, precipitação e ocorrência de incêndios nos últimos 50 anos na América do Sul. O estudo aponta uma frequência e gravidade maiores, especialmente nas regiões do norte da Amazônia, do nordeste do Gran Chaco (área que abrange parte do Pantanal) e na região do Lago Macaraibo, na Venezuela.
Nestas regiões, entre os anos de 1971 e 2000, as condições quentes, secas e inflamáveis ocorriam menos de 20 dias por ano, ao passo que, nas últimas duas décadas, entre 2001 e 2022, as condições aparecem até 70 dias por ano, ou seja, quase um triplo do cenário anterior.
Ainda conforme o estudo, quando são comparados os dois períodos, é visto que o número de dias quentes aumentou em cerca de 60 dias por ano na Amazônia e na Bacia de Macaraibo. Paralelamente a isso, foi observado que as condições secas aumentaram mais de 50 dias por ano nas regiões do Pantanal e na Bacia do Macaraibo.
Somente no Estado do Amazonas, desde agosto deste ano, todos os 62 municípios do estado estão em emergência ambiental devido à estiagem severa e ao aumento dos focos de incêndio na região. Segundo a Defesa Civil (DC) do estado, mais de 300 mil pessoas já sofrem com os impactos da seca que atinge o estado e tem isolado comunidades no interior.
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