Por Laiane Apresentação
Foto: Laiane Apresentação / Bahia Notícias
Com o tema: Investimento Privado no Carnaval de Salvador impulsionando cultura, economia e sustentabilidade, o último painel de quarta-feira (18), no VI Fórum do Carnaval de Salvador, reuniu grandes nomes do entretenimento para discutir sobre melhorias para o Carnaval baiano.
De acordo com a empresária e produtora de eventos, Lícia Fábio, defendeu a importância de levar decoração ao circuito para fazer “um carnaval bonito” e atrair o interesse da televisão e de outros patrocinadores.
"Tem um amigo meu da Globo que me disse que as televisões não se interessam muito em mostrar o Carnaval da Bahia porque não tem decoração, é só trio elétrico e mais nada. Então a gente precisa fazer uma decoração bonita. Não pode ficar só com aquela luzinha e musiquinha, não".
Com foco em fazer um carnaval bonito, o reitor da UFBA, Paulo Miguez, refletiu sobre as necessidades do carro de apoio. Segundo ele, o carnaval precisa focar mais nos instrumentos culturais e deixar de lado os instrumentos comerciais, como o carro de apoio, que apenas ocupa espaço no circuito para aumentar o valor comercial dos blocos.
“Ele ocupa uma imensidão, no ponto de vista do espaço de circuito que nós temos. Quantos carros de apoio estão na avenida? 15 ou 20. Quantos metros tem um carro de apoio? 40 metros. São 4 mil metros do circuito Barra/Ondina. Então, mais ou menos 15% ou 20% do circuito é ocupado por um equipamento que não tem nada a ver com cultura”, apontou.
Já o diretor do Shopping da Bahia, Ewerton Visco, refletiu sobre as necessidades do patrocinador de estar em todos os blocos. "A briga pelo patrocínio é difícil. Quando eu patrocino e chego no lugar e pergunto 'cadê nossa marca?'. 'Não, não pode'. 'Mas por que não pode?'. 'Só pode marca tal e tal'. Não faz sentido, vocês que tocam o carnaval, que prefeitura, estado, patrocinador, digam que não pode aparecer a marca. Vocês são artistas da Bahia".