Foto: Tânia Rego/Agência Brasil
Cerca de 67% dos universitários de cursos de formação de professores, estudam por modalidades a distância. O dado é do Censo da Educação Superior 2023, realizado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e o Ministério da Educação (MEC), divulgado na quinta-feira (3).
Segundo o próprio MEC, os números preocupam, pois os cursos a distância são tidos pela instituição como de menor qualidade. Geralmente estes cursos possuem menor custo e aulas gravadas reproduzidas para um número ilimitado de alunos, fazendo com que a falta de discussões presenciais entre colegas e professores tornem esta modalidade de graduação mais frágil.
Conforme o G1, para combater o problema, o ministério decidiu em maio que os cursos de formação de professores na modalidade a distância deve ter, ao menos, 50% da carga horária presencial, além de ter suspendido a autorização da criação de cursos de ensino a distância (EAD) até março de 2025.
Outros dados do Censo apontam que existem 24,1 milhões de vagas em cursos de graduação no país, sendo 95% delas ofertadas por instituições privadas. O total de instituições oferecendo cursos de graduação chega a mais de 2.500.
A quantidade de cursos na modalidade EAD cresceu 15% entre 2022 e 2023, enquanto no cenário dos cinco anos anteriores, o aumento foi de 232%. Além disso, o total de vagas para cursos a distância no ano de 2023 foi de 19,1 milhões, contra 5,5 milhões de vagas oferecidas para cursos presenciais.
A quantidade de alunos, no entanto, não refletiu esta diferença: são 5 milhões de alunos em cursos presenciais contra 4,9 milhões em cursos a distância. A previsão, no entanto, é de que, já no próximo ano, hajam mais estudantes a distância do que presenciais no país.