Advogado de Bolsonaro afirma que militares golpistas trairiam o ex-presidente e afirma: “Não era obrigação dele denunciar”

Foto: Reprodução

O advogado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Paulo Cunha Bueno, afirmou, na sexta-feira (29), que Bolsonaro não se beneficiaria da trama golpista envolvendo militares de seu governo. Segundo Bueno, o golpe trazido a tona pela Polícia Federal (PF) beneficiaria apenas a uma junta militar.
A declaração de Bueno foi dada durante uma entrevista ao programa ‘Estúdio i’ da GloboNews. “Quem seria o grande beneficiado? Segundo o plano do general Mario Fernandes, seria uma junta que seria criada após a ação do Plano Punha Verde e Amarelo, e nessa junta não estava incluído o presidente Bolsonaro”, afirmou.
De acordo com Bueno, o ex-presidente, por não ter seu nome citado no documento, não seria beneficiado pelas ações que descrevia. “Quem iria assumir o governo em dando certo esse plano terrível, que nem na Venezuela chegaria a acontecer, não seria o Bolsonaro, seria aquele grupo”, declarou o advogado.
Perguntado se Bolsonaro seria traído pelos militares, Bueno confirmou com a cabeça e afirmou: “Bom, ou, está na cara que ele não ia aderir”. Ainda segundo ele, Bolsonaro não tinha obrigação de denunciar o golpe. “É crível que as pessoas o abordassem como todo tipo de proposta, é fato que ele não aderiu. Não era obrigação dele denunciar”.
Questionado sobre a defesa considerar ou não uma eventual prisão do ex-presidente, Bueno descartou a possibilidade. “Não faria sentido que houvesse algum tipo de prisão”, afirmou. “O que eu espero, em primeiro lugar, é que meu cliente seja julgado pela corte competente, por juízes imparciais e não por desafetos pessoais. Isto é o mínimo que alguém acusado, eventualmente, tem o direito de ter”.
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