Embate entre alas de Wagner e Rui por indicações em gestão Jerônimo têm "prioridades" e "desejo antigo" pela Embasa

Por Mauricio Leiro

Foto: Redes sociais

Pastas mais robustas, desejos mais amplos e discussões sobre a acomodação de forças partidárias. Essa tem sido a busca e a tônica do debate no governo Jerônimo Rodrigues (PT) após as eleições municipais deste ano. Com “alas” querendo ampliar a atuação na gestão, dois grupos têm feito um “duelo”, que não é antigo, para deter o comando de um dos espaços: o do senador Jaques Wagner e o ministro da Casa Civil Rui Costa.
Já é sabido que o espaço é disputado por ambos há algum tempo. Apesar disso, neste período de reformulação o assunto volta com toda força nos bastidores, focado desta vez na Embasa, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento, segundo interlocutores do governo.
A indicação tem sido tratada como “prioritária” para Rui e para Wagner, que ainda seguem em busca do espaço. Através do Avante, com o atual presidente estadual Ronaldo Carletto, Rui Costa já teria externado o desejo indicar um novo nome, substituindo Leonardo Góes, atual presidente, que, apesar de ter atuação bem avaliada pelo governador, tem sua saída dada como certa nos bastidores governistas.
A estratégia de Rui passa pela colocação de dois nomes para uma possível escolha de Jerônimo. Entre eles, um ex-executivo do setor privado, com atuação na área de saneamento e o ex-secretário de Administração Penitenciaria da Bahia (Seap), Nestor Duarte, que atuou na gestão de Rui. Anteriormente, o ex-governador já tinha tentando emplacar o nome de Nestor no posto, porém sem sucesso. Outro nome avaliado por Rui ainda é o de Rita de Cássia Sarmento Bonfim, diretora-executiva de empreendimento da Embasa.
Já Wagner, que possui relação com Góes não descartaria uma troca no nome para manter a ascendência na empresa. A “disputa” remontaria tempos mais antigos da relação entre Wagner e Rui, que, segundo aliados próximos, indicam que a preferência por indicar um nome é disputada desde a gestão do atual senador. O posto é visto como “foco maior de disputa”, apesar de não ser uma das indicações mais desejadas por lideranças políticas do governo.
Desde a ascensão do PT ao governo da Bahia, em 2007, a Embasa esteve sob influência de figuras como o ex-deputado Marcelo Nilo, ainda que os nomes mais longevos no comando da empresa sejam nomes como Abelardo de Oliveira Filho, ainda na gestão de Wagner, e Rogério Cedraz, já no mandato de Rui no Palácio de Ondina. Cedraz foi sucedido por Góes, que permanece no posto até hoje.
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